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“é morrendo que se nasce para a vida eterna”

Cristo nos ensinou: em verdade, em verdade, vos digo, quem não nascer de novo não verá o reino do céu. Em verdade aqueles que buscam a elevação espiritual sabem disto e querem renascer, mas se esquecem de que é preciso antes morrer para que aconteça um renascimento.

Só morrendo o ser humanizado pode viver no sentido espiritual (vendo o Reino do Céu). Mas, não se trata de morrer fisicamente, mas da morte do eu, do ego, derrubar as paredes da casa individualista que o ser humanizado habita.

Enquanto houver uma verdade, um desejo, uma paixão, o ser humanizado estará vivo apenas no sentido material, mas estará morto, no sentido espiritual. Quando ele se libertar destas coisas morrerá como é hoje e só aí renascerá para glória de Deus, alcançará a ressurreição, ou seja, voltará a viver na consciência espiritual.

Quando o espírito promover esta reforma (íntima) continuará vivendo nesta carne, mas, como Buda ensinou, como um ser iluminado, alguém que compreende o mundo dentro da Verdade, da Realidade. Este ser estará vivendo na Luz de Deus e não nas trevas do individualismo.

Aquele que reza a oração de São Francisco como uma forma de religação com Deus, tem que viver para morrer. Para isto pode se aproveitar dos ensinamentos de Cristo, pois como ele mesmo ensinou “eu vim trazer a espada”.

Para se promover a reforma íntima é necessário que se utilize a espada (ensinamentos) que Cristo trouxe para se matar. É preciso utilizar a compreensão dos acontecimentos do mundo que surge quando se entende o ensinamento do mestre para acabar com as verdades individuais e não utilizá-los para atacar os outros.

Infelizmente os seres humanizados que não estão dispostos a se matarem e, por isto, utilizam os ensinamentos para ferir os outros com críticas e acusações. Por isto o mestre ensinou: é preciso tirar a trave que está no olho de cada um ao invés de apontar o cisco nos olhos dos outros.

Aquele que garante eu sei, nada sabe, e está no caminho da discórdia, do ferimento a si e ao próximo. Só aquele que “morre”, que não existe mais como uma individualidade individualista pode nascer para a eternidade.

Nascer para o universo, para o universalismo, para Deus e para o próximo.

Amém. Com as graças de Deus.

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