É preciso se libertar da busca de compreender, de entender, de querer saber.
Comentei a pouco que já tínhamos abordado este segundo tema de hoje anteriormente, o saber, mas quando o fizemos tocamos em outros saberes. Já falamos do saber como um dos assassinos do ser, ou seja, um daqueles que lhe tira a felicidade. Falamos do saber de normas e regras societárias, jurídico, científico, cultural, etc., mas sobre o saber que estamos abordando agora, não falamos naquela hora.
É por isso que ninguém compreendeu que a busca de saber o porquê as cosias acontecem é um suicídio para aquele que quer ser feliz. Saber o que está acontecendo, saber o que está se passando, ter certeza de que as consciências formadas pela mente são compostas de algo real, de algo verdadeiro: isso mata o ser. Quem vivencia essas coisas, quem aceita a característica que a força de maya dá aos discursos mentais, jamais exercerá o seu poder de ser feliz.
Como ensinou Krishna, aquele que consegue viver com a felicidade, transita entre as coisas do mundo com cara de bobo: não sabe de nada, não compreende nada, tudo pode ser ou não ser. Esse transita livre, leve e solto pelas coisas do mundo porque não está preso às conclusões que a mente tira.
Só um detalhe. Como acabei de responder, isso é algo interno, é algo entre o ser e a mente, não se espelha nas ações ou nas palavras que são faladas. Por isso, ninguém consegue ver quem vive assim. Não consegue perceber quem vive assim. Esse, por dentro, é livre, leve e solto para suar o seu poder de ser feliz a hora que conseguir se libertar.