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Já que não há novas perguntas, vamos conversar um pouco mais.

Qual o objetivo da vida humana para o ser humano? Vocês poderiam falar muitas coisas, mas tudo se resume em um único: buscar a felicidade, estar feliz.

Antes que os doutores de plantão falem que felicidade universal não é prazer, lembro que para vocês é. Para vocês o prazer é felicidade. Por isso, não podemos aqui filosofar que não se deve ter prazer, se ainda há esse desejo dentro de cada um.

Na verdade, mesmo os que me ouvem não buscam a felicidade incondicional. Buscam ser feliz, o que é bem diferente. Muitas vezes o ser feliz precisa passar pelo prazer. Portanto, antes de questionar o que estou falando, viva os momentos de prazer sem culpa por estar tendo o prazer.

Ter prazer pode ser felicidade incondicional desde que sentir isso não dê prazer nem culpa. Olha que coisa linda: você pode ter prazer, sem ter o prazer de ter prazer. Vou dar um exemplo.

Você quer algo e consegue ter. Nesse momento vem uma sensação boa, que se chama prazer. Sentir isso não tem problema, pode ter essa sensação boa. O que não deve é entrar em estado de êxtase porque conseguiu o que queria.

‘Graças a Deus, que bom que eu consegui o que queria, que coisa maravilhosa que acontece. Sou privilegiado porque consigo o que quero’. É essa vibração em estado de êxtase que afasta da felicidade incondicional e não a sensação boa.

Aquele que apenas constata que conseguiu o que queria e vive uma emoção serena, não vive o prazer. Vive a constatação da realidade.

Eu queria tomar café e ele está aqui para eu tomar, que bom’. Este é o prazer vivido sem prazer. O prazer vivido com prazer seria dizer que é maravilhoso ter café à sua disposição, agradecer a Deus e dizer que Ele ouviu e atendeu o seu desejo. Isso é o prazer puro.

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