“Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: “Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!” Então eu direi claramente a essas pessoas: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!” (Mt. 7, 21 a 23)

Quem entra no reino do céu”. O que é o reino do céu?

Participante: a felicidade dos santos.

Quem alcança a felicidade dos santos? Quem chama Cristo de Senhor? Os que se entregam à religião? Não. Não importa se você é religioso ou não, Cristo vai recebe-lo e se tornar seu intermediário com o Pai se você fizer a vontade de Deus.

Qual a vontade de Deus?

Participante: amar ao próximo como a si mesmo.

Não. É viver em paz, harmonia e felicidade tudo que lhe acontece. A felicidade não vem por ser religioso, mas por entregar-se a Deus.

Não importa o quanto de trabalho tenha feito – expulsado demônios, falado em línguas estranhas, trabalho mediúnico – nada interessa. O que importa mesmo é como você vive a sua vida.

Isso, de uma vez por todas, é o que quero dizer: o que importa é como você vive a vida que Deus lhe dá. Não é o que faz, não é o que imagina que possa ser. O que vale, no fim, o que vai ser levado em consideração é como você viveu internamente.

Quando vocês veem na literatura a afirmação de que o espírito depois do desencarne vê a sua vida, acredite que ele não está prestando a atenção se foi mãe ou foi pai, se fez faculdade ou se não, se foi médico ou não. Ele não está nem aí se conseguiu sucesso material ou não. Ele está vendo como viveu internamente os acontecimentos. Como passou pelos momentos, onde estava seu coração naquele momento.

Quando disse que o espírito esquece essa vida, lembro que muita gente brigou comigo: ‘não se pode esquecer as coisas dessa vida. E o que aprendemos nela?’ Saiba de uma coisa: nada do que aprender aqui servirá para outras encarnações, a não a ser forma de vivenciar os acontecimentos.

A vida em si não traz nenhum ensinamento para o espírito, porque ela é totalmente composta de provas e não de aprendizados. O que vai ficar dela depois do desencarne é como internamente viveu as coisas desse mundo, como se relacionou com o que Deus lhe deu.

Participante: como eu respondi à prova.

Como respondeu à prova.

É só isso que vai valer; é só isso que fica para o espírito. Não fica se foi marido ou esposa, se teve três ou quatro filhos, se frequentou tal religião ou só dizia que era religioso, se trabalhou mediunicamente ou não. Nada disso vai ficar. Ele só vai se lembrar que ao viver agiu buscando a glória individual ou se buscou estar com Deus.

É isso que vocês precisam entender. O resto deixa acontecer. Não interessa. A vida é a vida. Por mais que puxem para um lado, a vida vai para outro. Por mais que arquitetem planos para que as coisas aconteçam de determinado jeito, chega na hora tudo acontece de uma forma completamente diferente.

O que importa é como você está internamente, porque isso é o que leva dessa vida. Se tem raiva de alguém, saia correndo e vá fazer as pazes, porque senão viverá com essa raiva no outro mundo. Lá ela lhe destruirá, pois a raiva é a lepra do espírito: corrói internamente.

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