Participante: então todo processo é mental?
Viver é uma atividade mental e não física.
Pegue cinco pessoas e os coloque frente à um mesmo fato e terá cinco realidades diferentes, pois cada um vai dizer uma coisa, vai pensar uma coisa do fato. Ao pensarem coisas diferentes, cada um viveu um fato diferente.
Então, viver não é fazer o fato, mas sim pensá-lo.
Participante: se a forma de viver está relacionada à consciência, como fica a sinceridade do nosso coração para alcançarmos a nossa evolução? Está relacionada à fé?
Volto a repetir: coração para vocês é o músculo que bombeia o sangue. Só isso.
Vocês não têm coração, no sentido de sentimentos. Sabe porquê? Porque amam aqueles que lhes amam, aqueles que acham certos, gostam daqueles que puxam o seu saco, da comida pelo sabor ela tem. Cadê coração nisso? É tudo razão. É a razão que diz para amar fulano porque ele é muito bom. Não foi o coração que disse isso. Portanto, esqueça coração.
Só dá para trabalhar a razão, pois é ela que cria a realidade.
Eu não sei se alguém aqui já passou por isso, mas tomem uma pancada na cabeça. Vocês não saberão mais quem são, o que fizeram antes, o que vão fazer depois, o que pensavam, etc. Não saberão nada sobre si mesmo. Ou seja, a pancada apagou a sua razão e você deixou de ser quem é.
Tem um filme chamado ‘Quem Somos Nós’. Nele os cientistas dizem assim: se ligar um terminal de computador à sua mente e inserir os dados no computador, você vai ser o que o computador disser que tem que ser. Ora, se é tão frágil, se uma pancada ou um computador fazem deixar de ser quem é, vai se preocupar com o que?