Há mensagens espirituais, mas durarão pouco.

Continuamos vendo a mensagem de Paulo sobre o amor.
Existem ensinamentos religiosos: isso não é novidade para ninguém. A igreja católica, a evangélica e o espiritismo ensinam sobre o que estamos conversando. Mas, Paulo afirma que esses ensinamentos durarão pouco. Porque será?
Porque as religiões tratam os ensinamentos como se fossem leis. Cobram, exigem que seus seguidores sigam os preceitos religiosos. O próprio Papa condenou o recente descoberto evangelho de Judas por apego aos ensinamentos religiosos. Vamos entender essa questão.
As religiões dizem, por exemplo, que é preciso amar os outros. Falam, mas não cumprem. São as primeiras acusarem os seguidores da outra. Que amor é esse que exige que todos se submetam a uma doutrina religiosa para serem amados?
Ensinam que todos são filhos do mesmo Pai. Apesar disso dizem que deus é seguidor das doutrinas deles e não das dos outros. Por isso, esse deus só ama os que seguem as leis que elas pregam.
Ensinam que Jesus disse que os seres humanizados não devem se prender as coisas da Terra. No entanto, prometem milagres que alteram a vida material trazendo mais benefícios para essa vida. Prometem mundos e fundos para quem os segue.
Pregam a humildade, mas constroem palácios para si. Ainda justificam a necessidade desses palácios dizendo que é para poder amar as pessoas que precisam. Ai de vocês professores da lei, fariseus e hipócritas!
Concordo com Paulo, as mensagens espirituais das religiões durarão pouco. Por quê? Porque elas não são transmitidas para ajudar os outros a serem amorosos, mas para gerar obrigações e transformar seus seguidores em submissos a elas.
As doutrinas das religiões não transmitem os ensinamentos como um caminho para quem quer se aproximar de Deus e o consequente respeito a quem pensa diferente. Elas criam normas de conduta e obrigações para os seus seguidores.
Só que Paulo, o apóstolo que é o guia de todas as religiões do mundo oriental, nos diz: Jesus trouxe a verdadeira liberdade. Digam, onde está essa liberdade que Jesus trouxe nas religiões que só criam regras e normas e obrigam seus fiéis a segui-las?
Se a sua religião é cristã oriental, a sua doutrina foi construída por Paulo e por isso deve oferecer essa liberdade. Por isso, ao ensinar o que Jesus falou, ela não pode construir um certo e um errado e gerar a obrigação de fazer o certo sob a pena de ir para o inferno ou para o umbral.
Se uma religião está transmitindo o que o Verbo, o amor em ação ensinou, como pode se deixar de lado o respeito às diferenças? Como pode acusar ou criticar alguém quando Jesus disse: se seu olho lhe faz pecar, arranque-o e jogue fora. É melhor você entrar no reino dos céus sem um olho do que ir para o inferno com os dois.
Diga uma coisa: como alguém que se diz mensageiro de Jesus pode ensinar que deve se acusar um ladrão se o próprio mestre não acusou a mulher que dormiu com outro homem e perdoou o bandido que estava na cruz ao seu lado? Como pode uma doutrina estabelecer obrigações e criar penalidades, como dar o título de herege a quem não a segue, se o próprio Jesus ensinou: mesmo aquele que disser ao seu irmão que ele bobo este em perigo.
Como pode haver uma religião que prometa um emprego se o mentor dela ensinou que deve se amealhar bens no céu e não na terra. Como pode haver uma religião que crie a figura de amigos e inimigos dela e de seus seguidores se o seu mentor ensinou: foi dito que devem amar seus amigos, mas eu lhes digo que devem amar os seus inimigos e orarem pelos que perseguem vocês.
É por isso que as mensagens espirituais vão durar pouco e o amor será eterno: elas segregam enquanto o amor junta.

Compartilhar