“Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus” (Pergunta 132).

Não é um bom exemplo do que falei? O espírito toma um corpo em harmonia com o mundo em que vive para aí, sob as ordens de Deus (servindo de instrumento fiel à Causa Primária), fazer a sua parte na obra da criação.

Só que tem um detalhe.

Deus, como dissemos, tem todas as suas propriedades elevadas ao extremo. Então, Ele tem o Amor ao próximo elevado ao máximo. A esse Amor chamamos de Universalismo e ao ser que o utiliza de Universalista.

O espírito que não possui o Amor Universalista, pois essa propriedade ainda não está desenvolvida nele, também é emanação de Deus e Deus emanado. Só que o chamamos de outros nomes.

Ao invés de universalista o chamamos de individualista, individualidade individualista, pois ama a si mais do que ao próximo. Ao amor que ele sente chamamos de egoísmo.

Quando Deus emana através dos instrumentos uma Causa Primária, ela é, na sua essência, universalista, pois busca o bem coletivo. Quando o Deus emanado julga a Causa Primária, por causa do seu egoísmo, julga a emanação de Deus a partir de suas próprias paixões e desejos.

É daí que nasce o bom e o mau, o certo e o errado. A emanação de Deus é Perfeita (justa e amorosa), mas a avaliação que o Deus emanado faz dela é individualista, pois a realidade criada por esta avaliação (raciocínio) segue suas próprias verdades.

Portanto, Deus é tudo e tudo é Deus. Ele é o próprio Universo, mas também é todas as coisas que existem e sua própria ação, pois tudo é apenas instrumento para a emanação Dele mesmo.

Agora fechamos todo o ciclo do conhecimento sobre Deus.

Sei que isso é complicado e já havia falado para abandonarmos sistemas espirituais, mas é preciso compreender a Realidade (Deus é tudo e tudo é Deus). Sem isso não conseguimos viver a vida dentro de um sentido espiritual. Continuaremos vivendo-a dentro do sentido material e continuaremos a ter o mesmo fim de outras encarnações: ter que reencarnar.

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