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Estas, por meio de armadilhas, levam os outros por caminhos errados. Ao contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo para alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça. (Capítulo 4 – versículos 14 e 15)

Que foi tudo o que fiz nos últimos anos?

O que fizemos em todos os momentos que estivemos juntos foi falar a verdade com amor e não com acusações. Nunca disse que vocês não prestam, que são burros: a única coisa que fiz foi mostrar o modo como vivem e dizer que este não os leva a elevação espiritual, mas sim aquele.

Nós jamais acusamos alguém de alguma coisa. O que fazemos é mostrar como vivem e dizer que esta forma de viver não leva a Deus, mas prende vocês mais a humanidade. Depois disso, mostrei o caminho, a forma de viver, que leva ao Pai e o liberta da humanidade, ou seja, da roda de encarnações deste mundo.

Quando falo como acabei de dizer (acordem!) não estou brigando com vocês. O que estou falando é o seguinte: todas as provas estão aí de que o caminho que estão tomando não leva onde esperam chegar. Quanto mais provas vão exigir?

O que mais querem comprovar se, como acho que imaginam, o ensinamento dos mestres está certo? Os ensinamentos deles são certos: você já chegou a esta conclusão? Porque, então, não começam a praticá-los.

Porque não há o despojamento necessário para isso. Não há o abrir mão do controle sobre as coisas. É isso que está faltando a vocês. Este é o detalhe que está lhes faltando …

Lembro que outro dia quando falei no abrir mão do controle, uma pessoa me disse que não poderia deixar de forçar o seu filho a ir para a escola porque senão ele não seria nada quando crescesse.

Participante: será como Deus quiser …

Não, nada será como Deus quiser: tudo será como tem que ser.

Esta pessoa sabe que o futuro a Deus pertence, sabe que tudo acontecerá como está previsto e a partir dos gêneros de provas pedidos pelo espírito antes da encarnação, mas mesmo assim acha que precisa obrigar o filho a frequentar a escola senão … Senão, o que?

Participante: nós não temos a coragem de enfrentar a sociedade …

Não tem coragem de enfrentar a vida porque está em busca da fama, do elogio. O ser humanizado não tem coragem de enfrentar o mundo porque isso seria para ele uma derrota, uma perda. Por isso não abre mão de ter o suposto controle sobre as coisas. Só que por mais que imagine estar controlando, na hora h o destino age do jeito que quer.

Participante: eu cheguei a uma conclusão, principalmente depois do estudo de hoje: é muito mais cômodo nos unirmos à multidão, às pessoas e agir como elas, ao invés de querer ser diferente, por mais que vejamos que o caminho está nesta diferença.

Sim, porque isso não lhe leva a culpa, se o futuro não for o que os outros acham o certo de ser.

Participante: não traz culpa nem o trabalho de policiar o pensamento, o sentimento. Isso acontece comigo diariamente. Quantas vezes deixo de me policiar, de me vigiar por simples cansaço de enfrentar o mundo …

Não acontece só com você, mas com todos. Só que isso pode ser o ponto de partida para uma longa jornada assim como pode ser o fim de uma caminhada. Vou explicar isso.

Se você cai na compreensão que está deixando de se vigiar porque tem medo de enfrentar a sociedade, pergunte-se: onde eu vou parar seguindo este caminho?

Participante: quando chego a este ponto, eu mudo o pensamento e procuro não pensar onde vai dar seguir a multidão.

Mas, você precisa insistir na pergunta: onde dará o caminhar junto com a multidão? Se quer a resposta a essa questão eu lhe dou.

Aquele que caminha com a multidão irá sair da carne e continuar ligado ao mesmo ego de hoje, ou seja, viverá as mesmas coisas que vive agora. Durante esta vivência continuará a sofrer depurações até que possa ser desligado desta personalidade transitória. Depois que isso acontecer, irá novamente estudar junto com os seus mentores até que entrará numa nova fila para encarnação, num novo planejamento de vida. Quando chegar a sua hora, encarnará. Aí terá que viver como bebê aprendendo as coisas deste mundo, como criança e adolescente até chegar à maturidade e aí realizar o trabalho que não fez nesta vida de agora.

Veja como tudo isso é muito mais trabalhoso. Se seguem a multidão por comodismo hoje, na verdade estão arrumando muito mais trabalho para o futuro. É isso que quero que pensem: o preço que pagarão pela omissão de hoje frente a vida.

Na verdade, vocês não vivem do jeito que vivem por maldade, por serem maus. Não fazem para atacar ninguém, mas por omissão.

Participante: eu diria que é um suicídio espiritual.

Perfeito: é um suicídio espiritual achar que se é capaz de viver independente de Deus.

Você achar que faz alguma coisa, que pode separar o bem do mal, que pode mudar o mundo, que pode ditar as regras e normas que os outros devem seguir, é um suicídio espiritual. Sei que vocês criticam o suicida material, aquele que tira a sua própria vida, mas muitas vezes ele tem mais coragem do que muitos que se dizem buscadores de Deus. Isso porque ele enfrentou o desconhecido, enquanto muitos buscadores fogem dele o tempo inteiro. Preferem ficar na comodidade das coisas que conhecem neste mundo.

O suicida age para acabar com a sua vida por conta do quanto sofre. Sei que é uma comparação não perfeita, mas, posso dizer que espiritualmente poderíamos até considera-lo um herói e aqueles que seguem a sociedade humana por simples comodismo como um covarde, já que esses últimos não agem nem para pôr termo a vida nem para reformarem-se. Continuam vivendo o que a vida lhes apresenta sofrendo, dizendo que a vida é uma droga, mas não fazem nada para melhorar isso.

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