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Agora vou tratar daquilo que vocês me escreveram.
É bom que o homem não case, porém, porque existe uma imoralidade, cada homem deve ter sua própria esposa e cada mulher o seu próprio marido. (Capítulo 07 – versículo 01 e 02)
Vamos conversar sobre este trecho. Paulo diz que o melhor seria o homem não se casar. Por quê?
Participante: para não individualizar relações.
O casamento, assim como uma amizade ou qualquer individualização de uma relação, é contrário a uma vida espiritual.
A vida espiritual deve ser vivida na coletividade e não no individualismo. Por isso Paulo aconselha que os seres encarnados não se casem, ou seja, que cada espírito não forme relações individualistas com outros espíritos.
Mas, tal conclusão nos leva a pensar em outra coisa: de onde vem, então, a santidade do casamento tão falada? Pergunto isso, porque Cristo também afirma que na vida espiritual não existe casamento. Se o mestre nazareno avisa que não existe e Paulo diz que é melhor não se casar, porque os cristãos devem imaginar o casamento como sagrado?
Essa é a pergunta que eu gostaria de fazer, pois à luz dos ensinamentos de todas as religiões não cristãs, o casamento é um ato negativo, pois aquele que se aprisiona em relacionamentos individualistas comete um ato contra a elevação espiritual. É assim que os mestres ocidentais e orientais ensinam…
Participante: mas Paulo nos diz que apesar de ser melhor não se casar por causa da imoralidade do mundo, é preferível que os seres humanos se casem. Por quê isso? O que se objetiva com um casamento?
O que você acha? Para você, qual é o objetivo de se unir a uma pessoa no casamento?
Participante: formar uma família, ter filhos, dar continuidade.
Será que é isso mesmo, ou será que se juntam em casamento para poderem viver uma paixão? Sim, o objetivo humano ao se casar é vivenciar a paixão; a família é consequência…
Por isso Paulo nos fala que devido a imoralidade – e nós já conversamos que imoralidade é a relação apaixonada – é melhor que você tenha paixão apenas por uma pessoa só. O ideal seria que não tivesse paixão por ninguém, que vivesse com todas as pessoas em um nível de relacionamento espiritual, de amor universal. Mas, já que isso é impossível enquanto estão presos ao prazer, é melhor que tenha esse prazer apenas com um ao invés de ficar dependendo de diversas pessoas para ter.
É isso que Paulo ensina neste texto.