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Não se embriaguem, pois a bebida os levará à desgraça. (Capítulo 5 – versículo 18)

Quero falar disso …
A bebida foi criada por quem? Por Deus. Por isso ela não pode ser má. Apesar disso, o ser humanizado não deve se embriagar. Porque isso?
O que acontece quando um ser humanizado se embriaga com bebida? Ele perde o controle sobre si.
Participante: como isso ocorre?
Isso ocorre pela má ligação do espírito com a mente. Não é uma má ligação causada verdadeiramente pela bebida, mas pelo excesso de prazer. Digo isso porque a mesma situação inebriante é vivida por aquele que consegue uma coisa que queria muito.
Mas, voltando ao assunto que estávamos falando, Paulo nos orienta que não devemos nos embriagar. Só que antes ele disse que tudo provém de Deus e que tudo que vem do Pai é perfeito. Portanto, não pode estar falando mal da bebida em si. A que ele se refere então? Ao embriagar-se, ao perder o controle sobre si mesmo.
Eu diria que você não é você quando está bêbado. Não bêbado de bebida alcoólica, mas embebedado pelo prazer, pela satisfação do seu desejo.
Portanto, o problema é perder o controle sobre si mesmo e não beber. Digo isso porque se estiver embriagado pelo desejo humano, você não consegue viver uma vida cristã.
Sei que vocês dizem que o prazer de conseguir o que se quer não tem problema algum, mas se enganam. O prazer é o resultado da cobiça. Só quem quer ter alguma coisa sente prazer ao conquista-la.
Por isso, vocês precisam compreender que a mente humana, que é egoísta por natureza, está sempre ávida por beber o prazer, por se embriagar com o prazer mundano. Ele está sempre pronto para inventar histórias que justifiquem o ingerir prazer. Ele diz que é justo que você tenha, que é certo que consiga, que você merece, mas isso são razões como as que têm aqueles que mesmo sabendo que são viciados em bebida vivem razões para isso.
A mente cria a ideia de que alguém está reagindo as suas palavras de determinada forma. Diz que ela está fazendo isso para lhe atacar. Faz tudo isso para que você ache que deve reagir aquela situação. Com isso, mesmo que você não veja, ele está bebendo o prazer de ter sobreposto a sua razão a do outro.
Tudo isso não é seu, mas da sua mente. Ele age dessa forma para que você compactue com as próximas ações dela (criticar, falar mal de um para outro, etc.) e com isso ele poder se alimentar de prazer, da satisfação.
É isso que quero que compreendam para poderem entender a ação do ego junto a vocês. O que não veem é que ela lhes enrola. Por não perceberem a forma dele agir, ficam presos as ilusões e imaginam que não há problema algum em querer, sem desejar e conseguir.
Sempre que ele precisar de mais prazer, estará lhe jogando ideias formadas em critérios de justiça e merecimento para que você se deixe levar por isso e beba todo o prazer que puder ser conseguido. Com isso não vê que está se afastando de Deus, que está deixando de viver uma vida cristã.
Sei que só se preocupam com a embriaguez oriunda da ingestão da bebida alcoólica. Por isso não veem o problema desta outra embriaguez. É a esta embriaguez que Paulo está se referindo.
Participante: através de qual chacra absorvemos este prazer?
Através de todos. Só que no meio da testa existe um que possui dupla função. Por isso diria que o prazer é ingerido em maior quantidade por este.
Como disse, este chacra possui dupla função. Quando você escolhe uma emoção para vivenciar alguma coisa, a joga para o universo através deste chacra. Quando isso acontece, a mesma onda eletromagnética que leva a emoção captura outra igual. Isso quer dizer que se você sentir raiva de alguém, emitirá esta emoção pelo meio da testa, mas ao mesmo tempo captura mais raiva para si.
Participante: o beber na hora da refeição soma o prazer de comer com o de beber e pode não nos levar a embriaguez. Isso é um prazer saciado ou não?
Todo prazer é saciado, pois a saciedade é ter o prazer. Agora, com relação a este assunto precisamos nos atentar em algumas coisas.
Será que comer e beber significa necessariamente ter prazer? Acho que não. Se fosse assim, teria que orientá-los a não comer e com isso vocês morreriam de fome. Por isso é preciso comer e beber. Só que tem gente que ao fazer isso se entregar ao prazer, enquanto que outros conseguem viver o mesmo momento sem esta emoção.
Estou falando daqueles que saboreiam a comida, que ligam a comida a vontade de comer. Eu diria que são os que vivem para comer. Só que existem alguns que comem para viver. Estes não têm prazer.
Quem vive para comer é aquele que escolhe o que ingerir. Estou falando daqueles que escolhem alimento quer pelo seu sabor como pela sua qualidade. Estou falando daqueles que se preocupam em comer o que gostam ou que lhes faz bem. Estes comem ou bebem com prazer. Já aqueles que comem para viver são os que se alimentam do que está sob a mesa, sem escolher se é atende ao seu paladar ou se lhes faz bem para a saúde. Os primeiros não veem, mas estão se embriagando com o prazer.
Portanto, o prazer não está no alimentar-se ou no beber, mas busca de saciar o seu paladar ou a sua segurança alimentar.
Antes de continuarmos nossa conversa, gostaria de voltar a questão do ego. Tenham a certeza de que tudo o que pensam, tudo, é a sua mente lhe forçando a escolher uma emoção entre prazer ou dor para que ele se alimente.
O espírito humanizado não pensa, não raciocina. Todo raciocínio é dado por Deus através da mente do personagem humano. Sendo assim, tudo que o pensamento espelha é uma ação do ego que tem por finalidade lhe levar a optar pelo prazer ou pela dor e não uma verdade, uma realidade.
‘Se isso é verdade, devemos, então, agir contra o pensamento’, você me perguntaria. Também não é assim. Se fizesse isso, primeiro teria que agir com o pensamento, que é exclusivo do ego e mesmo que conseguisse essa ação, ainda assim nada teria feito, pois estaria apenas trocando de verdade, mas ainda continuaria preso a coisas que lhe embriaga, que lhe leva a viver o prazer ou a dor.
O que estou falando é que vocês não devem se prender ao que é pensado. Vamos supor, por exemplo que sua mente lhe diga que determinada pessoa não presta. Ao invés de se prender a esta verdade ou querer muda-la, acreditar que ela presta, não se prenda ao que é pensado. Diga apenas para si mesmo: ‘não sei se ela presta ou não’.
Acreditando que ela não presta, goza o prazer e a dor e com isso o ego se alimenta mais de egoísmo. Se diz que ela presta, novamente está se alimentando apenas das emoções humanas e com isso mais uma vez deu de comer para a mente. Por isso é que o caminho do meio é não se prender ao que é pensado.
Aliás, podemos fazer mais. Podemos, como já foi comentado aqui, mostrar o nosso pensamento a Deus. Para isso, exponha a Deus a ideia de que você acha que tal pessoa não presta. Qual será a resposta Dele a isso? ‘Ela é minha filha, você acha que Eu posso ter um filho que não preste’?

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