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Porém as Escrituras Sagradas dizem que toda humanidade está debaixo do poder do pecado. E isso é assim para que, pela fé em Jesus Cristo, toda humanidade possa receber o que Deus tem prometido aos que creem.

Mas, antes de chegar o tempo da fé, a Lei nos guardou como prisioneiros, até ser revelada a fé que devia vir. Portanto, a Lei tomou conta de nós até que Cristo viesse para podermos ser aceitos por Deus por meio da fé. Agora chegou o tempo da fé, e não precisamos mais da Lei para tomar conta de nós.

Porque é por meio da fé que todos vocês são filhos de Deus e estão unidos com Cristo Jesus. Pois vocês foram batizados para ficarem unidos com Cristo e assim se vestiram com a promessa do próprio Cristo. Desse modo não há diferença entre judeus e não-judeus, entre escravos e livres, entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos com Cristo Jesus. E, já que vocês pertencem a Cristo, então são descendentes de Abraão e receberão aquilo que Deus prometeu.

Não podemos nos esquecer que para estar unido com Cristo é preciso se ter a mesma fé que este espírito usou durante aquela encarnação. Se você não tem a mesma fé, então não está unido com Cristo.

Isto é fundamental para todos aqueles que buscam a elevação espiritual, a aproximar-se de Deus. Mas, o que é a fé que Cristo usou? Pai afasta de mim este cálice, mas se não for possível que seja feita a vossa vontade.

É essa fé que nos une com Cristo. É essa fé que “salva” a alma, o espírito, o ser universal. “Salva” no sentido de retirá-lo do humanismo, da humanidade e levá-lo à espiritualidade, a Deus, ao divino.

Falo isto porque vejo hoje na humanidade um debate entre a fé irrestrita e a fé raciocinada. Raciocinar a fé é compreender os motivos porque se entrega a Deus. Será que Cristo fez isso?

Na frase que citei como estampa da fé crística, o mestre não pede explicações (motivos racionais) a Deus para aquilo que estava para passar. Ele não pergunta porque, como, quando ou onde. Ele estampa apenas o seu não desejo (afasta de mim este cálice) e a sua subordinação aos desígnios do Pai (se não for possível que seja feita a vossa vontade).

Não há nesta exemplificação de caminho de vida, de exercício da fé, nenhuma condicionalidade. A fé raciocinada é condicional, pois ela depende da aprovação que o raciocínio dará para que ela exista. Portanto, esta fé não é a que nos une com Cristo e, por conseguinte, também não é um caminho para Deus.

Outro detalhe com relação a isto: a fé de Cristo era em Deus e não em códigos de leis ou doutrinas religiosas. O mestre não se apegou a nenhum profeta, como eram conhecidos os “santos” hebreus nem ao código de norma da religião judaica: ele confiou e se entregou irrestritamente a Deus.

Portanto, a fé que Paulo diz que salva não é aquela que é exercida através de nenhum mestre ou “santo”, nem aquela que se subordina aos códigos religiosos (doutrinas religiosas) de nenhuma seita ou religião. Amar a Deus acima de todas coisas: esta é a base da fé crística. 

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