Quero começar a nossa conversa de hoje nos situando sobre o que vamos falar. Vou falar rapidinho desses temas e depois ficamos à vontade para conversar sobre o que quiserem. Certo? Então vamos lá.
Da última vez que nos encontramos na cidade de Brasília chamei vocês para participarem de uma revolução, uma revolução anárquica e espiritualista.
Só que não posso chama-los para participar de uma revolução sem antes mostrar quais são os alvos que precisam ser atingidos através dessa revolta. Preciso mostrar, ainda, como fazer para atirar nos alvos para mata-los.
Vou falar rapidinho desses temas.
Qual o objetivo final da revolta que proponho? Qual o objetivo final da revolução anárquica espiritualista? É preciso falar sobre isso porque cada revolução, cada revolta, tem um motivo, tem um porquê de existir. Possui um objetivo a ser alcançado.
Com a nossa o que pretendemos alcançar é uma coisa chamada felicidade.
Não estou falando da satisfação de fazer, do conseguir, obter coisas, mas de um estado de espírito onde se vive em paz e harmonia. Não de uma felicidade que se marca por mostrar dentes, mas que se sente e alimenta o íntimo.
A felicidade a ser alcançada através dessa revolução trata-se em alcançar um estado de espírito de felicidade interno. Para isso, precisamos atacar os inimigos da felicidade. Por isso é necessário saber quem são esses inimigos.
Qual é o inimigo da felicidade? A contrariedade.
Tudo aquilo que é contra você é inimigo da sua felicidade. Por quê? Porque ninguém consegue ser feliz, estar em paz, quando se sente contrariado.
Portanto, o inimigo é a contrariedade. É ela que precisamos derrotar para poder atingir esse estado de espírito.
Resta, então, a pergunta: como se alcança a destruição da contrariedade? Eliminando aquilo que causa a contrariedade.
O que causa a contrariedade é a dependência de algumas coisas, de alguns critérios que são tidos como obrigatórios que aconteçam para ser feliz. Ou seja, é a condicionalidade com a qual se vive a vida.
Por exemplo, se você gosta de sol, se quer uma vida com sol, quando ele não está presente, fica contrariado. Só que a contrariedade não vem da não existência do sol, mas sim do desejo de tê-lo quando não está presente. Ou seja, quando aquilo que está acontecendo no mundo externo é contrário ao que você queria ou esperava.
É isso que gera o sofrimento. O que causa o sofrimento é esperar que algo aconteça ou esteja presente na vida, é condicionar a felicidade a determinadas realizações.
Esse, portanto, é o alvo. É nisso que precisamos mirar.
Nossa revolução aponta, mira, naquilo que gostaria que houvesse, ou seja, nas expectativas que você tem na vida. Na hora que não tiver mais expectativas, não vai sofrer com nada.
Esse é o trabalho. A anárquica espiritualista é uma revolução onde é buscado implantar em si a felicidade incondicional, a que os santos sentem, o estado de espírito de harmonia e paz. Para isso se combate aquilo que é esperado da vida.