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Participante: busco viver de forma equânime tudo que me é apresentado e todos os momentos dessa vida. Vivo o dane-se, o não sei e louvo a Deus por tudo e todos, observando a cada segundo a influência dos agregados e das quatro âncoras nos atos humanos que vivo. Tento me manter no caminho do meio, se conseguir, consegui, se não conseguir, dane-se. Em momentos acredito que estou à beira da insanidade, pois nada faz mais sentido, nem eu mesmo. Nessa encarnação, observo que nunca tive relacionamentos humanos que me dessem afeto ou amor humano. Nunca fui amado, humanamente falando, mas disso tenho consciência e convivo também de forma equânime. Observo também que a vida me apresenta os atos de forma extremamente difícil. Preciso muita determinação para realizar os atos humanos, pois por mais simples que sejam as coisas, preciso fazê-las duas, três ou mais vezes para concluí-las. Nunca dá certo da primeira vez, mas louvo a Deus pela oportunidade e necessidade de refazer tarefas ou atos.
Esse contexto relacionado ao não amor humano e a necessidade de repetir tudo o que faço, estão relacionados à minha proposta espiritual de vida, aos provas, carmas e vicissitudes as quais me propus a realizar nessa encarnação ou são somente criações da mente nesse teatro que vivo?
São criações da mente nesse teatro que vive que servem como provas que foram escritas antes da encarnação. É tudo.
O que você descreveu é a sua vida. Está certo ou está errado, sendo feito pela mente ou não, você está tomando decisões ou não, está sendo equânime ou não, não importa. O que interessa é estar em equanimidade com tudo isso.
O que quero dizer? Você coloca que está sendo equânime e daqui a pouco não mais. Pergunto: está lidando com isso com equanimidade?
Tudo que coloca na sua pergunta é vida; é isso que precisamos entender. Não importa o que está acontecendo, pois não há vida certa nem errada. Pouco importa se vive com equanimidade afastado das coisas materiais e o outro vive a mesma coisa sem equanimidade por fora. O importante é o que vai por dentro. Se internamente vivem tudo em paz e harmonia sem se deixar levar pelo prazer ou pela dor, os dois estão realizando a mesma coisa.
Não há padrão de vida certo, não há padrão de vida correto. O que existe é um viver interno, no íntimo. Esse viver é o que importa.
Pouco importa se você é um chato ou se é uma prostituta. Pouco importa se é puro, imaculado ou se é um capeta externamente. Nada disso tem importância. Tudo isso é só posição, tudo isso é só criação mental. O importante é como vive como você internamente a vida que lhe é apresentada.
Aprender a viver é isso. Aprender a viver não é gerar padrões de certo para serem vividos. Aprender a viver é entender que toda e qualquer vida é aquilo que foi desenhado para um espírito. Vou até usar uma palavra para ficar mais fácil de entender: foi desenhada para alguém.
A vida é desenhada para alguém, um alguém espiritual, mas para alguém e você, esse alguém, precisa se entender com a vida, com mais nada, com mais ninguém, com nenhum espírito, com nenhum santo, nem mesmo com Deus.
O entendimento com Deus acontece quando você se entende com a vida. Por quê? Porque a vida é Deus, a vida é uma criação de Deus. Por isso, quando se entende com a vida, está se entendendo com Deus.
Portanto, se você reza, reze, mas não sofra quando não rezar nem critique quem não reza. Se não reza, não reze, mas também não sofra quando rezar e nem critique quem rezar.
Ficou claro isso?
Esse é o trabalho que realizamos: ajudamos a começar a quebrar as regras, as normas, as obrigações, as verdades, os protótipos de vida que levam você ao matadouro, ao sofrimento.
Viva a sua vida sabendo que ela foi escrita especialmente para você. Aliás, no início desse trabalho vez dissemos: Deus escreve cada momento da sua vida com amor, carinho, dedicação e você o vive querendo outra coisa do que Ele dá.