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Participante: fazer obsessivamente algo que se diz fazer com amor é um dos tipos de amor que a mente sugere?
Sobre isso existe uma coisa que ainda não falamos e que é importante se entender. Durante a vida você começa a fazer uma determinada coisa. Esse fazer que estou me referindo não se trata de atos, mas um fazer íntimo. Depois de algum tempo fazendo de determinada forma se habitua a fazer daquela forma.
Ou seja, aquele fazer se torna um hábito. O que isso quer dizer? Que toda vez que acontece a mesma coisa reage do mesmo jeito.
Depois que se habitua, começa a entrar em um processo de dependência, vício. Esse vício é que leva a obsessão de fazer, a necessidade de fazer, a busca constante de viver aquilo sempre daquele jeito.
Essa dependência não é amor, é a dependência, é a necessidade. Essa necessidade condiciona a felicidade à realização.
Então, a obsessão é uma expressão de amor sim, mas de amor egoísta. É um amor daquele que pensa prioritariamente em si, a partir de si, buscando para si mesmo. Vive assim porque? Porque tornou-se um viciado.
Assim como existe o viciado na droga, na bebida, existe o viciado em amar egoisticamente, em viver sempre uma mesma situação de determinada forma. Todo aquele que precisa que as coisas aconteçam, sejam, estejam da forma que quer são viciados. Por isso vivem em obsessão.