Participante: você diz para amarmos a nós mesmos, mas mãe, namorado e amigo são figuras muito forte dentro de nós. Ainda achamos que estar apegado a estas figuras é importante. Pode falar sobre isso?
Essas figuras são fortes porque você ainda acha que é humano.
Nessa conversa falamos recentemente sobre a natureza humana. Você acredita em espírito, em reencarnação? Acho que sim. Por isso, me responda: acredita em mãe, amigo ou namorado? Se sim saiba que as duas crianças são antagônicas.
Se acredita em reencarnação, sabe que os mesmos espíritos podem viver papéis diferentes a cada vida. Sendo assim, a sua mãe de hoje pode ter sido sua esposa em outra vida, o seu amigo, um inimigo. Só esse conhecimento deveria mostrar que não deve dar tanto valor a essas figuras. Mesmo assim, continua dando. Porque?
O problema não é que o apelo pelo apego por seres que estão vivendo esses papéis seja forte dentro de você, mas sim que o seu lado espiritual é fraco. Digo isso porque quem acredita m encarnação, mas ainda acredita na força das relações familiares, tem o seu lado espiritual mais fraco que o humano. Trata-se de uma criança espiritual, de alguém não coloca em prática aquilo que diz que acredita.
Volto, então, a dizer o que acabei de falar: o problema não é o ensinamento, mas quem vai utiliza-lo. O problema é saber até que ponto você está disposto a abrir mão da sua natureza humana, até onde está disposto a enfrentar o mundo para vencê-lo e com isso conseguir sua paz, sua felicidade e sua elevação espiritual.
Essas são perguntas que deixo pra todos que se dizem espiritualistas. Não adianta sonhar em colocar em prática o que eu ou qualquer mentor ensina, ou mesmos o que os mestres ensinaram, se você não responder a si mesmo estas questões.