Mais uma vez nós estamos aqui para falar sobre determinado aspecto da vida espiritual, da espiritualização da vida humana. Já é a vigésima semana que estamos conversando sobre algum determinado ponto de vista. Vou fazer um pequeno resumo, já que falamos de muita coisa até agora.
Quero começar essa conversa falando sobre viver. É preciso porque não adianta nada tentar apender a viver sem saber o que é viver.
Essa mensagem, portanto, é basicamente para isso: para entendermos que a partir de agora vamos começar a aprender a viver e vamos começar a fazer isso conhecendo o que é viver. Vamos lá.
Como sempre quero começar nossa conversa fazendo um pequeno resumo do que vamos conversar.
Acho que todos ou a maioria ouviu a mensagem que mandei. Acho, também, que ela ficou bem clara: o estudo falando sobre amar acabou. Andamos muito naquele tema e ele se extinguiu quando descobrimos a existência dos ismos do ego, ou seja, quando descobrimos que o ego usa verdades que geram obrigações e necessidades com o objetivo de sensibilizar o seu egoísmo. Ou seja, preso as normas que geram obrigações e necessidades o ser humanizado, você, utiliza o seu egoísmo. Sendo assim, o que precisamos agora é aprender a conviver com esses “ismos”. Será isso que faremos daqui para frente. Comecemos…
Participante: o senhor poderia explicar o significado quando Jesus ou Cristo diz: “Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus?”
Dê à vida humana o que é da vida humana e a Deus o que é de Deus. É exatamente isso! Você precisa dar à vida humana o que é dela e dar a Deus o que é Dele. Sei que fica difícil entender, por isso vou dar um exemplo.
Participante: seria um ismo do ego sentir uma atração por buscar um lugar calmo e silencioso para reconectar com a paz interior, mesmo sabendo que a paz nunca deixou de estar presente?
Vamos entender isso então.
Repare na sua frase: seria um ismo do ego procurar determinado lugar para fazer determinada coisa? Agora se lembre do que falei: o ismo é aquele que gera a necessidade ou a obrigação de alguma coisa. O ismo gera a ideia de que você tem que ter para ser alguma coisa, que tem que ser alguma coisa para ter.
Participante: um dos ismos que a mente nos propõe, é que através de remédios e orações podemos vencer as doenças. Como conciliar isso sabendo que tudo já está escrito por Deus independente do que façamos?
Não querendo estar curado; não querendo não ter doença.
Participante: uma vez que o desejo é algo inerente à nossa natureza e materialmente falando só podemos viver movidos pela força dos desejos, como poderíamos executar planos mundanos sem estarmos identificados com o mundo? Não seria isso uma contradição?