Participante: uma vez que o desejo é algo inerente à nossa natureza e materialmente falando só podemos viver movidos pela força dos desejos, como poderíamos executar planos mundanos sem estarmos identificados com o mundo? Não seria isso uma contradição?
Participante: um dos ismos que a mente nos propõe, é que através de remédios e orações podemos vencer as doenças. Como conciliar isso sabendo que tudo já está escrito por Deus independente do que façamos?
Não querendo estar curado; não querendo não ter doença.
Participante: seria um ismo do ego sentir uma atração por buscar um lugar calmo e silencioso para reconectar com a paz interior, mesmo sabendo que a paz nunca deixou de estar presente?
Vamos entender isso então.
Repare na sua frase: seria um ismo do ego procurar determinado lugar para fazer determinada coisa? Agora se lembre do que falei: o ismo é aquele que gera a necessidade ou a obrigação de alguma coisa. O ismo gera a ideia de que você tem que ter para ser alguma coisa, que tem que ser alguma coisa para ter.
Participante: o senhor poderia explicar o significado quando Jesus ou Cristo diz: “Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus?”
Dê à vida humana o que é da vida humana e a Deus o que é de Deus. É exatamente isso! Você precisa dar à vida humana o que é dela e dar a Deus o que é Dele. Sei que fica difícil entender, por isso vou dar um exemplo.
Como sempre quero começar nossa conversa fazendo um pequeno resumo do que vamos conversar.
Acho que todos ou a maioria ouviu a mensagem que mandei. Acho, também, que ela ficou bem clara: o estudo falando sobre amar acabou. Andamos muito naquele tema e ele se extinguiu quando descobrimos a existência dos ismos do ego, ou seja, quando descobrimos que o ego usa verdades que geram obrigações e necessidades com o objetivo de sensibilizar o seu egoísmo. Ou seja, preso as normas que geram obrigações e necessidades o ser humanizado, você, utiliza o seu egoísmo. Sendo assim, o que precisamos agora é aprender a conviver com esses “ismos”. Será isso que faremos daqui para frente. Comecemos…
Quero começar essa conversa falando sobre viver. É preciso porque não adianta nada tentar apender a viver sem saber o que é viver.
Essa mensagem, portanto, é basicamente para isso: para entendermos que a partir de agora vamos começar a aprender a viver e vamos começar a fazer isso conhecendo o que é viver. Vamos lá.
Mais uma vez nós estamos aqui para falar sobre determinado aspecto da vida espiritual, da espiritualização da vida humana. Já é a vigésima semana que estamos conversando sobre algum determinado ponto de vista. Vou fazer um pequeno resumo, já que falamos de muita coisa até agora.