Reconhecendo os inimigos da felicidade

A revolução anárquica espiritualista

Quero começar a nossa conversa de hoje nos situando sobre o que vamos falar. Vou falar rapidinho desses temas e depois ficamos à vontade para conversar sobre o que quiserem. Certo? Então vamos lá.

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Os alvos

O que esperamos da vida Buda diz que estão em três grupos: as posses, as paixões e os desejos.

Sobre isso acho que a maioria aqui já me ouviu falar, mas hoje quero traduzir, já que estamos aprendendo a atirar, a mirar nesses alvos, para algo mais fácil de compreender, para que seja possível aprimorar a mira.

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Atirando nos alvos

Agora, como atirar? O que é atirar nesses alvos?

É preciso falar sobre isso, porque se só digo que é preciso parar de querer não estaria preparando vocês bem para essa batalha. Isso porque, por mais que tentem, ninguém vai conseguir parar de querer as coisas ou de aplicar valores a elas.

Querer é automático.

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A batalha

Ninguém ficou com nenhuma dúvida? Que maravilha!

Participante: a dúvida, acho, é por onde começar.

Diria para começar pelo começo.

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Toda unanimidade é burra

Participante: o que me levou a lidar melhor com esse controle, gostar, paixão ou querer alguma coisa, é a consciência ou a compreensão de que nesse mundo nada é permanente. Tudo é impermanente. Então, se eu lidar com algo considerando permanente me dou mal. Acho que a chave que aprendi para mim individualmente foi isso: como que vou controlar alguma coisa nesse mundo se tudo está freneticamente mudando?

Além das coisas mudarem, você também muda constantemente. Quer dizer, hoje está defendendo alguma coisa que amanhã pode ser que vá renegar. Isso por causa da impermanência das coisas.

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Eliminando a contrariedade

Participante: como lidar com essa contrariedade sem causar prejuízo a outros? Por exemplo: você foi lá e combinou algo com alguém para um serviço ser feito durante determinado tempo. Ele está esperando aquilo naquela data. Você empreendeu o seu máximo, mas chegou no final não conseguiu cumprir o prazo combinado. Por mais que a contrariedade venha, a gente tem que trabalhar internamente. Pode falar, poxa, isso não dependia de mim, coisas aconteceram, fiz esse trabalho.

Só um momento.

Como é que você falou: isso não dependia de mim? Não, o caminho não é esse. Você não pode trabalhar a contrariedade jogando a culpa em alguém.

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Dever

Participante: quando contraímos uma dívida e não conseguimos pagar é o mesmo processo?

Não, no caso da dívida tenho uma arma espetacular: devo, não nego, pago quando puder.

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08 – Viver a vida como ela se apresenta

Essa é a primeira coisa que precisam botar na cabeça. Se quer ser feliz precisa compreender que a vida vive a vida. Que não pode viver a vida, não pode criar na vida. Deixe-me falar uma coisa: adoro quando ouço falar do avanço da ciência. A ciência está muito avançada, não está? Mas até hoje não consegue curar uma gripe, não consegue prevenir a gripe. Sabe, você programa um monte de coisa, planeja fazer um monte de coisa e aí…

Viver a vida como ela se apresenta

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Essa é a primeira coisa que precisam botar na cabeça. Se quer ser feliz precisa compreender que a vida vive a vida. Que não pode viver a vida, não pode criar na vida.

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Obrigações e necessidades

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Participante: entendo o que você está falando. O início de tudo está no egoísmo. Ele gera um negócio que depois gera um monstro no final.

Isso. Tudo é decorrente de pensar a partir do eu buscando favorecer esse eu. Isso chama-se egoísmo.

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