Como já comentamos anteriormente, neste estudo aplicaremos as máximas de Cristo para o “professor da lei” religioso, aquele que se apega à sua interpretação religiosa e afirma que ela é a “certa”, como também as aplicaremos ao ser humanizado, aquele que se apega a sua lei individual (suas verdades) e quer ensiná-la aos outros. Portanto, para todos os ensinamentos comentados pelo mestre falaremos do religioso e do ser humano.
Citaremos muitos religiosos considerados líderes (padres, bispos, “donos” de centro espírita, pastores protestante), porque esses são os “professores da lei”: eles “conhecem” e ensinam a lei da sua religião. No entanto, não estaremos citando-os com acusações, mas com constatações da diferença entre o que fazem e o que ensinam, o que é completamente diferente de acusar.
A existência desta discrepância está explícita neste primeiro ensinamento de Cristo: todo professor da lei tem autoridade pelo conhecimento para ensinar a lei, mas perde essa autoridade no momento em que não pratica a lei que ensina. Uma pessoa que tem a responsabilidade de auxiliar o próximo na sua busca espiritual deve estar sempre atenta em ensinar às pessoas a ter compaixão, por exemplo, mas não vivenciar a transmissão deste ensinamento brigando, gritando, xingando, acusando.
Os “professores da lei” da religião falam e ensinam o amor, mas para isso acusam o próximo de ser pecador, por exemplo. Diminui aqueles que pretende ajudar afirmando que são espíritos muito pequeno, atrasados ou sem evolução. Ensinam que todos somos filhos de Deus, mas se isso é verdade porque qualquer um seria pequeno frente a qualquer outro ser? Sendo todos filhos de Deus, somos todos iguais, pois o Pai não privilegia ninguém.
Estes são exemplos da divergência entre o que ensina o “professor da lei” e como ele se comporta que é a tônica do ensinamento de Cristo. O “professor da lei” precisa adaptar a sua realidade (modo de agir) ao seu discurso, à sua lei. Ele gosta de falar, gosta de ensinar, mas não pratica.
Nesta primeira visão encontramos a forma como faremos o trabalho de hoje: conversar sobre a ação do “professor da lei” mostrando que ela não tem nada a ver com a lei que ele mesmo ensina. Trataremos hoje do individualismo que o “professor da lei” não abre mão para poder vivenciar a lei que ensina.