Participante: todo espírito está destinado à perfeição e como não poderia atingir em uma só vida, Deus concede-lhe outras existências para que possa crescer em inteligência e moralidade. O renascimento sucessivo na dimensão material é chamado de reencarnação. A evolução do espírito se dá progressivamente apesar de estar intimamente ligada à experiência através de lutas expiatórias e provas, o espírito caminha em busca da própria iluminação e aperfeiçoamento.
Perfeita a sua colocação: é isso mesmo. No entanto, não podemos apenas saber tudo isso: precisamos levar este conhecimento para a prática.
Levar este conhecimento para prática consiste-se no que estamos conversando: tirar dos acontecimentos a história e não aceitar as ideias que o ego cria. Trata-se de ter a consciência de que não se nasceu para ser a esposa de alguém, mas para fazer provas.
Levar para a prática o ensinamento é ter a consciência de que ninguém nasce para viver uma vida humana, mas para fazer provas, cumprir missões e expiar. Tendo esta consciência, o espírito pode, então, concluir que o seu marido não o deixou, mas ele está vivenciando uma prova.
É isso que você acabou de falar. Não estou discordando do que disse o que, aliás, é um discurso bem embasado na doutrina espírita. O que estou dizendo apenas é que precisamos levar este discurso para a prática ao invés de apenas recitá-lo. Quando alcançamos a prática do discurso, ao invés de acreditarmos que o marido é um safado, devemos ter a consciência de que ele não é isso, mas um instrumento da nossa prova.
O que não se pode fazer é ficar em cima do muro. Ou seja, você sabe o ensinamento, mas na hora da sua vida vive com outros valores. Isso é hipocrisia: ou acredita no ensinamento ou não. O que não pode é aplicá-lo só quando quer, quando é politicamente correto fazer isso.

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