Não adianta querer ser feliz nessa ou com essa vida. A felicidade daquele que ama não deve vir da Terra, das coisas da terra. Deve vir das coisas de Deus: ‘nem só de pão vive o homem, mas também da palavra de Deus’, ensinou Jesus.

Deixe-me dizer uma coisa importante. Sei que muitos já ouviram dizer que devemos amar a Deus. No entanto, poucos ouviram que a recíproca é verdadeira: devemos nos sentir amado por Deus.

O ser humanizado se concentra apenas em amar a Deus, mas como não trabalha a sensação de estar sendo amado pelo Pai, não consegue ser feliz. Quem consegue ser feliz com alguém que o castiga o tempo inteiro? Quem consegue ser feliz convivendo com alguém que dá sofrimento, torturas, carências, desordem? Ninguém não é mesmo.

Daí a necessidade de entender o Amor Absoluto e a Justiça Perfeita de Deus, que já conversamos. Só passando a compreensão do momento pela lente dessas propriedades do Pai é possível alcançar a consciência de estar sendo amado pelo Senhor. Quando isso for feito, a possibilidade de viver a felicidade está garantida.

O desempregado só será feliz verdadeiramente no dia que aceitar que aquele desemprego é fruto da Justiça Perfeita com Amor Sublime. Nesse momento consegue viver a busca de um novo emprego em paz e harmonia com a sua vida. Consegue sentir-se feliz porque sabe que o desemprego é Deus o amando. Enquanto não colocar esses filtros na compreensão da vida, continuará rezando pedindo o emprego. Como o tempo do desemprego não muda por causa da oração, passará por todo esse tempo em agonia, desespero, sofrimento.

Veja, não estou falando em sentar em um canto, cruzar os braços e morrer de fome ou esperar alguém bater na sua porta para oferecer o emprego. O que estou dizendo é: saia, procure o seu emprego, mas não lamente o seu desemprego.

Se entregue na mão de Deus e deixe Ele decidir o momento em que será empregado. Aceite o tempo de Deus. Faça a sua parte, procurar o emprego, mas deixe o Senhor decidir qual o momento em que será empregado novamente.

Vivendo assim, quando sair para procurar não se lamente se não conseguir. Apenas compreenda que dentro da sua necessidade ainda não é a hora.

Não acuse ao entrevistador de não ter ido com a sua cara, pois quem decidiu a sua não contratação foi Deus. Também não culpe o Pai, porque Ele não deixou de lhe empregar porque não quis, mas sim porque você precisava desse desemprego.

Não desperdice esse momento dizendo que é um azarado, despreparado ou que ninguém lhe dá valor. Aproveite a oportunidade que o Pai está lhe dando e exerça a fé, a confiança de que quando for a hora o seu emprego aparecerá.

É isso que estou ensinando.

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