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Participante: acho que entendi. Tomar o remédio é o dar a César o que é de César e o dar a Deus é saber que Deus fez a doença, o remédio e a cura.
E a ideia de estar curado, não a cura.
Quando fala Deus fez a cura, parece que havia uma doença para ser curada. Não existe doença para ser curada. Existe a ideia de estar doente, de haver uma doença; Tudo é ideia, esse é o mundo das ideias. É tudo gerado pela mente.
É o que já disse: lá fora não acontece nada. É como se fosse um filme: o que acontece lá fora são figuras que vão passando muito rapidamente. Por isso dão a ideia de algo ter começado e acabado, de haver movimento.
Então não existe doença; existe a ideia de estar doente. Quando essa ideia é vivida como verdadeira (estou doente) acontece a sua ligação com determinados ismos, determinadas obrigações, necessidades, condicionalidades: tenho que ir ao médico, preciso tomar o remédio, tenho que ficar de cama. Nesse momento, acreditando nessas coisas, nesses “ismos”, vive o sofrimento por causa do seu egoísmo ferido (não queria isso). Na hora que acontece a ideia da cura, vive o prazer de ter acabado com a dor.
Ficou claro?
Harmonia, sempre.