Quando uma pessoa chega ao ponto de dizer que não quer mais viver, que quer acabar com tudo, o que falta a ela? Não importa qual seja o motivo, isso não interessa, o que falta a essa pessoa? Uma esperança de dias melhores. Não dias melhores, de mais abastança, de solução de problemas, mas dias onde o problema de hoje não doa tanto quanto está doendo.
É essa esperança de que as coisas podem ser vividas de uma forma diferente que durante esse tempo todo tentamos trazer para vocês. Essa minha mensagem para vocês: existe a esperança de que se hoje a situação está uma merda, há um jeito de viver a merda sem se incomodar tanto com o fedor dela.
Nossa mensagem não fala em acabar com a merda. Isso é impossível. Não falamos em resolver o problema, nem perfumar a merda. O que dizemos é que vocês podem ter a esperança de que há um jeito de viver a merda com o cheiro que ela tem de uma forma diferente do que vive hoje.
Como, que esperança é essa? Tudo o que conversamos até hoje, Todas as saídas que fomos dando ao longo desses dezessete anos. Tudo o que dissemos é para servir não como um pregador para tapar o nariz, mas para que, já que o cheiro da merda é inevitável, vocês pelo menos consigam o aspirar e dizer: é isso que eu tenho para hoje.