Participante: já que concorda que existe uma diferença entre a técnica da busca da felicidade e da paz, será que o que vou propor agora é um bom caminho? Exemplo: começo a perguntar a minha o que gerou aquele conflito que tirou minha paz. Vamos supor que a mente chegou à conclusão que foi uma determinada paixão. Minha mente jura que o problema de ter me desarmonizado foi esse, ou seja, encontrei os malditos militares. A partir de agora tenho que me desapegar dessa ideia de tê-los encontrado?
Não, não tem que se desapegar da ideia de ter encontrado eles. Tem que se desapegar da ação deles.
Participante: Aí não entraria, então, a fala ‘não sei mente’. Você está me propondo que o motivo de eu ter perdido minha paz foi por causa disso, mas eu não sei se isso é real.
Não. Não misture os dois trabalhos.
Liberte-se da desarmonia. Qual é ela? É achar que o mulçumano decapitar o outro está errado. Liberte-se dessa desarmonia, ou seja, desse errado. Decapitar alguém não é certo nem errado. É não sei.
O não sei que já indiquei como caminho para a felicidade anteriormente não deve ser dito ao que é pensado, mas para o soldado que o pensamento está trazendo. Não sei se é certo ou errado; não é não sei se eles fazem isso ou não.
Você sabe que eles decapitam as pessoas. Você viu o filme. Disso não pode duvidar. Agora, precisa não saber se aquele acontecimento é certo ou errado, bonito ou feio, bom ou mal. É esse o trabalho.
O trabalho não é não saber se eles fizeram ou não alguma coisa. Nunca disse que era para mudar a mente.