Enviar texto por Telegram
Vamos falar dos inimigos do guerreiro da paz. Esta parte é a mais longa desta introdução. Também é a mais interessante e mais difícil de se compreender. Só que antes de entrarmos definitivamente neste assunto, há uma coisa que quero dizer.
Quando se fala em inimigo da paz, há uma pergunta que se deve fazer: quem no seu mundo interno gera a desarmonia? Tenho que perguntar assim, porque já definimos que a luta é no mundo interno. Por isso, é lá que tenho que procurar quem me causa desarmonia.
Neste aspecto há outro grande problema para aqueles que querem buscar a paz. Vocês estão acostumados a procurem o inimigo da sua paz fora de si. Estão acostumados a procurarem externamente aquilo que está causando a desavença, a desarmonia, entre o mundo interno e o externo. Por isso, acham, externamente, culpados da sua ausência de paz. Só que se a luta se trava no mundo interno, não podem existir externamente culpados da ausência de paz.
Quero aproveitar este momento para falar uma frase que gostaria que escrevessem e guardassem para sempre. Ninguém rouba a sua paz; é você que a perde.
É muito comum neste mudo se dizer que alguém ou algo roubou a paz. Alguém ou algo, com a sua ação, tirou a paz. Isso é impossível, porque o inimigo da paz não está no mundo externo. O que existe ali é apenas vida. Aquele que causa a desarmonia, que acaba com a harmonia, está no mundo interno e não fora dele.
Portanto, não há ninguém que possa lhe roubar a paz. Quando a paz não é alcançada, é porque você a perdeu na batalha contra os seus inimigos internos. A paz é perdida quando não se luta para harmonizar o mundo interno com o externo. Você a perde quando se deixa levar pelos inimigos e vive a desarmonia.
Portanto, não há como se roubar a sua paz. Não há como alguém ou alguma coisa tirar a sua paz. Se isso aconteceu, foi você quem perdeu uma batalha para os seus inimigos internos.
Eis aí o segundo aspecto interessante e importante dessa conversa: a paz é um estado de espírito que se caracteriza pela harmonia entre o mundo interno e externo e, quando ela não existe, não é o externo que é culpado pela sua não existência, mas foi o guerreiro, ou ser humano, humanizado, isso não importa, que não lutou dentro do seu mundo interno contra os seus inimigos para poder viver em paz, para viver em harmonia, para estar harmonizado com a vida.
Diante disso, acho que fica muito importante se falar dos inimigos, pois perder a paz é algo que acontece diariamente muitas vezes. Portanto, é importante se conhecer os inimigos.