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Continuemos falando da questão do valor essencial da vida.
Já imaginaram, já tiveram alguma ideia do quanto custa ao universo a encarnação de cada ser? Vamos conversar sobre isso.
O que havia nesse lugar antes de ser uma casa?
Participante: uma floresta.
Onde estão as plantas que existiam aqui? Tiveram que morrer para que vocês tivessem uma casa.
Outra pergunta: porque estão aqui com todo o seu dinamismo? Será porque são superpoderosos? Acho que não. O que lhes dá dinamismo é todo o alimento que ingerem, ou seja, os vegetais e as carnes que comem. Pois é, animais e plantas tiveram que morrer para que você pudesse ter o dinamismo para viver os acontecimentos de sua vida.
Além do mais, hoje o planeta Terra está mais pobre que ontem, pois os vegetais tiveram que retirar os sais minerais do solo para transferi-los para o seu corpo e assim lhes dar vigor. Repare: não é só o animal e o vegetal que precisam se sacrificar para que vocês tenham uma vida: o próprio planeta se esgota para que isso aconteça.
Já estão começando a ver o custo da vida de cada um de vocês para o universo? Mas, tem mais. Há algo que nunca se lembrariam de calcular: quantos milhões de células de oxigênio precisam se sacrificar transformando-se em gás carbônico a cada dia para que vocês possam ter uma vida para viver?
Em tudo que se refere à existência de um ser encarnado há um custo para o universo. Será que seria justo tudo isso ser despendido apenas para que você vivesse o que gosta?
Fazer a si mesmo essa pergunta é mergulhar na vida. É submetê-la a seu real contexto, o universal, e retirá-la da visão estreita que os seres humanos têm da vida: uma existência onde tudo é obrigado a se sacrificar para que ele viva apenas o que quer.
É essa consciência que pode lhe dar a compreensão necessária para que se desiluda com a forma humana de viver e assim deixe de exigir do universo que faça acontecer apenas aquilo que quer e gosta. Aquele que faz esse mergulho na vida, ao invés de cobrar e exigir do universo, pergunta: ‘já que se sacrifica tanto por mim, o que posso fazer por você’?
Na verdade, você não pode fazer nada pelo universo. Aliás, pode sim: honrar o esforço para lhe dar uma vida. Como se honra esse esforço? Dedicando a vida para a finalidade do universo: servir como campo de provas para um espírito, ou seja, ser uma oportunidade para que o ser universal, mesmo instigado pelo tentador (a personalidade humana), opte sempre por viver a felicidade incondicional.
Volto agora a uma das perguntas que fiz: porque você respirou nesse momento? Matou átomos de oxigênio apenas para satisfazer-se ou honrou o sacrifício do universo dedicando aquele momento à vivência da felicidade universal independente do que estava acontecendo? Vivendo assim, o átomo do oxigênio, então, ‘vê’ que o seu sacrifício foi em vão.