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Lembrem-se do que eu disse: o empregado não é mais importante do que o patrão. Se me perseguiram, também perseguirão vocês; se obedeceram aos meus ensinamentos, também obedecerão aos ensinamentos de vocês. Por causa de mim, vão lhes fazer tudo isso porque não conhecem Aquele que me enviou. Eles não teriam nenhum pecado se eu não tivesse vindo e falado a eles. Mas agora não têm desculpa para o seu pecado.

Neste ensinamento a fonte da célebre frase: a quem muito foi dado, muito será cobrado.

O pecado – pecado como transgressão ao espiritual – não nasce do ato que se pratica durante a vida, mas sim da transgressão ao conhecimento que cada um possui.

O católico tem um ensinamento, o protestante outro e o espírita outro ainda. Mas, todos esses conjuntos doutrinários contêm ensinamentos fundamentados no que Cristo ensinou.

Acontece que apesar de todos estarem fundamentados na mesma base, o humano considera os ensinamentos de sua seita mais importantes. Considera o que sua religião ensina como mais verdadeiro. Isso não é verdade: toda doutrina que se diga cristã precisa ensinar o que Cristo ensinou…

Para isso é preciso se deixar de lado as diferenças. Que importa se só há esta vida ou outras (reencarnação)? O importante é fazer o que Cristo ensinou: amar a tudo e a todos. Por isso, quando o ser humanizado recebe os ensinamentos de quaisquer de uma dessas seitas se torna responsável por colocar em prática o que o mestre nazareno ensinou. 

Se Cristo diz que deve amar o inimigo, não importa o que o padre diz: você tem que amar o inimigo. Afirmando que não deve julgar, não importa o que o médium diga na palestra do centro: é preciso abrir mão dos seus certos que levam a considerar o outro como errado.

Se Cristo diz que deve perdoar a todos, deixe o pastor condenar aqueles que participam de outras doutrinas, mas você perdoe todo mundo. Se Cristo diz ao bandido que ainda hoje ele estará no reino do céu por arrepender-se, não importa o que o código moral de sua religião fale a respeito do crime: você precisa compreender que o bandido que se arrepender de seus pecados irá para o reino do céu.

Aí está a hipocrisia que tenho falado: não adianta se dizer católico, espírita ou evangélico e não seguir Cristo, mas sim ao que ouve na sua religião. O problema é que todos querem ser religiosos, mas não abrem mão do seu humanismo que se caracteriza em ser e acreditar no que quiser.

O pecado que Cristo nos faz cometer é o de não colocar em prática aquilo que ouvimos dele.  

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