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Participante: são muitas crenças atreladas a uma religião, seja ela qual for. Mas, como Deus não faz nada de inútil, somos co-criadores, artífices do destino através das escolhas. Colhemos o que plantamos. Por isso, se quiser um futuro melhor, tem que observar o plantio. O que fazemos de bom ou ruim fica como que acumulado, auferindo penas ou gozos. Daí então a pergunta: se não somos nós que fazemos o ato, como fica a lei do carma?
Fica do mesmo jeito, pois a lei do carma não tem nada a ver com o ato, tem a ver com o ismo, com o mundo interno.
Se der um soco em outro, a lei do carma não vai agir a partir do soco que der, mas sim como vive internamente enquanto a mão está dando o soco. Ou seja, se internamente achar que está certo, achar que aquele é um safado que merece o soco, achar que ele não presta, esses seus achares é que vão gerar o carma, não o soco em si.
Você falou bem: nós fazemos. Mas, o fazer nunca é físico. O fazer físico acontece. Sua responsabilidade está no fazer íntimo. É por isso que o trabalho para elevação se chama reforma íntima, reforma do íntimo.
Então, reforma íntima não é deixar de dar um soco no outro, mas sim se libertar de tudo gerado pela razão enquanto o soco está sendo dado.
Ficou claro isso?