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Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?

Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganaríeis.

Gostariam que alguém tivesse pena de vocês? Que dissessem que são pobres coitados? Acho que não, mas saiba que tem gente que se sente tão superior, social, monetária, afetivamente e de saúde, que tem pena dos outros. Esses estão no mal porque ninguém é supremo, só Deus!

Gostaria que alguém sentisse pena de você? Então como sente pena do pobrezinho, coitadinho que não tem um prato de comida para comer? Diz que ter pena dos outros é prova da sua evolução, mas isso é mal, individualismo. É sentir-se superior, não sinal de bondade.

  A bondade se reflete no amor a Deus a todas as coisas, no amor ao próximo como a si mesmo. É isso que o Espírito da Verdade está nos ensinando.

O ser humano pode e se engana milhares de vezes achando que é um santo, que está praticando coisas maravilhosas para Deus, quando na verdade está amando mais a si. Pensa que está doando ao outro, mas está se vangloriando frente ao próximo.

Quer saber o que é bem? É fazer tudo para o outro, tudo que gostaria de fazer para si sem esperar recompensa por isso.

Em uma conversa disse: servir ao próximo é fazer o que ele quer. Aí alguém me disse: se meu marido quiser ir ao cinema e eu ficar em casa, tenho que ir ao cinema? A resposta: claro! Aí responde a humanidade daquele ser: mas se ele quiser ir ao cinema todos os dias, quando vou poder ficar em casa?

  Olha a maldade aí. Ela está na ideia de servir ao próximo mantendo o individualismo, a vontade. Onde existe o amor ao próximo quando ainda se espera alguma coisa por amar?

O amor ao próximo é servir, fazer para o próximo o que ele quer, sem jamais pensar em querer diferente do que está fazendo. Essa é a bondade! Esse é o lado bom da vida.

Portanto, você sabe muito bem quando está no bem: quando abre mão de tudo para os outros sem esperar que alguém abra mão de alguma coisa para você.

O problema não está em querer tudo para você, mas em não abrir mão do que quer. É esse egoísmo (não abrir mão do seu em prol do outro) que os mestres demarcaram como o inimigo a ser combatido. É a humanidade do ser que traz o individualismo.

  Essa é a vitória do bem sobre o mal, a vitória do Universalismo, a perfeita integração ao todo: uma individualidade sem individualismo. É a vitória sobre o querer ser individualmente, o querer receber, o querer ganhar, ter fama, fazer o que quer. Essas coisas, apesar de bem vistas pela humanidade, é o mal, o bandido. Quem privilegia esses quereres não entra no Reino do Céu, por mais que tenha doado dinheiro, roupa ou comida para os pobres.

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