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Será culpado o selvagem que, cedendo ao seu instinto, se nutre de carne humana?
Eu disse que o mal depende da vontade. Pois bem! Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.
Que bela resposta hein? Está em acordo com tudo o que estamos falando.
Kardec julga o mal pelo ato – um ato de canibalismo – e o Espírito da Verdade diz: eu disse que o mal está na vontade de fazer. O mal não está no que é praticado, não está no que acontece sobre o mundo, mas sim na intenção, na vontade de se satisfazer acima de todas as coisas. Aí está o mal!
O mal existe no que é pensando, dentro de cada um. O mal existe quando a única coisa que preocupa é o desejo e a vontade individual. O que os outros querem? Que se dane.
Aí está o mal, a maldade. Garanto que vocês que acreditam ser buscadores de Deus já falaram muito em bondade e maldade, mas nunca, tenho certeza, compreenderam a maldade como intenção individualista. O mal é a vontade com que as ações são praticadas. O mal acontece quando há a entrega ao acontecimento da vida preso às verdades, desejos, paixões e gostos individuais.
É por isso que Buda ensina que para se conseguir um bom lugar ao sair dessa vida é preciso estar liberto das paixões e dos desejos. É nessas coisas que está a maldade e por isso Buda condena o apego a isso.