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Agora posso falar da terceira algema que vou abordar hoje. Como disse não é a última, mas é algo que preciso salientar agora.

Estou falando do conhecimento do princípio das coisas. Esse tema é uma das coisas que desviam a atenção daquele que quer aproveitar essa encarnação e aproximar-se de Deus.

Conhecer o princípio das coisas, saber como funcionam, de onde vêm, para onde vão, são assuntos que aprisionam ao mundo humano. Porque isso acontece? Porque o espírito vive apenas o presente, o que se encontra nele e da forma como aquilo se encontra no aqui e agora. Não se interessa em pesquisar de onde veio, como foi formado, porque acontece daquela forma. O espírito vive apenas o que lhe é apresentado.

É como Krishna ensina no Bhagavata Puranas: o verdadeiro sábio não possui outro lugar para guardar a sua comida que não o seu estômago. Ele não armazena informações, não possui memória, não sabe o que aconteceu antes. Apenas se alimenta daquilo que está presente no momento.

Esse é outro elemento importante porque a vida o usa para prender o ser universal ao sistema humano de vida. Trata-se de outro elemento que faz o ser encarnado divagar e com isso desconcentrar-se da busca espiritual.

O ser humano dá muito valor ao conhecimento, ao saber, a origem das coisas. Porque será que possui essa característica? Porque é tão apegado a querer conhecer como as coisas funcionam? Porque quer ter o controle de tudo.

Ele quer controlar a sua vida, quer que esteja sob as suas rédeas para poder conduzi-la de tal forma que acabe tendo uma vitória, ganhando e nunca perdendo. Para o ser humano, para aquele que se concentra no mundo humano, a descoberta do princípio das coisas é algo fundamental para poder exercer um fictício controle sobre a vida e assim conseguir extrair dela aquilo que lhe interessa.

Mas, para aquele que se diz espiritualista, que sabe que era antes de existir, que continua sendo aquilo agora e depois que não mais existir como agora, que sedução tem a busca de conhecimento? Nenhuma. Ele não quer ter controle algum sobre nada porque não se interessa em ganhar, em levar vantagem.

É isso que precisam entender. Para aquele que busca extrair dessa vida algo que seja útil para a existência eterna, a sedução por assuntos que dizem respeito à descoberta do princípio das coisas é algo que apenas o inebria com os elementos materiais e que, por estar nesse estado, não consegue sentir a presença de Deus.

Mais uma vez quero fazer uma ressalva. Não estou dizendo que não possam fazer perguntas sobre esses assuntos, que não possam debater esses temas, que não podemos conversar sobre eles. Isso são atos, por isso não falo sobre essas coisas. O que digo é que não podem deixar que tal busca afete o seu mundo interno de tal forma que cubra a busca da elevação espiritual.

O que estou querendo dizer é que não podem deixar que essa sedução encubra a sua consciência de tal forma que não consigam aproveitar a encarnação para a elevação espiritual.

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