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Hoje vamos estudar Mateus, Capítulo 23.

Então Jesus falou aos discípulos e a multidão. Ele Disse:

– Os professores da Lei e os fariseus têm autoridade para explicar a lei de Moisés. Por isso vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem.

Vamos entender esse pequeno trecho, pois ele é fundamental para todo o trabalho que faremos hoje, pois “professor da lei” e “fariseu” serão citados constantemente.

“Professor da lei” é aquele que conhece a lei profundamente e a ensina aos outros. Não importa de que lei estejamos falando. Pode ser a religiosa, a dos homens, de uma sociedade, da cultura, da ética, qualquer lei: o professor será sempre aquele que a ensina ao próximo.

Dentro do nosso estudo de hoje a partir da mensagem do Cristo, não nos apegaremos apenas ao “professor da lei” religiosa, mas também aplicaremos este termo ao “ser humano” em geral. O espírito quando humanizado possui verdades que se transformam em “leis”, pois para ele existe a obrigatoriedade delas ocorrerem, uma vez que necessita que a sua seja sempre a “verdadeira”.

O conhecimento do ser humanizado são padrões, são normas, são leis que ele segue. Cada ser humano, portanto, é um “professor da lei” que pode ser atingido pelo ensinamento do Cristo: alguém que quer ensinar ao outro o que é “certo” ou “errado” de ser feito.

O segundo termo que o mestre utilizou (fariseu) era dado aos membros de um “partido” dos judeus. Naquele tempo, não havia política: a religião era a política. O partido dos fariseus é, então, uma corrente filosófica dentro da religião judaica.

Esse partido ou corrente tinha como característica o apego profundo à letra fria da lei. Para os seguidores desse partido só valia o que estava escrito na lei. Se Moisés falou que tinha que apedrejar sob determinadas circunstâncias, isso tinha que ser feito, sem desculpas. Se Moisés falou que não podia tocar na mulher quando ela estava menstruada, não podia: era lei.

Dessa forma, “professor da lei” e fariseu é quase sinônimo. São determinações dadas a espíritos que acreditam em uma lei cegamente e a querem impor aos outros.

Apesar disto Cristo afirma: os “professores da lei” e os fariseus têm autoridade para ensinar a lei. Conhecendo a verdade de que essas leis eram apenas interpretações individuais dos textos sagrados, por que o mestre nos diria que devemos escutá-los? Porque eles “conhecem” a lei. Eles conhecem o texto que compõe a lei e por isso podem citá-las.

Podemos, pois, entender o ensinamento de Cristo nesse trecho quando nos fala sobre os “professores da lei” e nos fariseus como: ouçam o que o professor da lei cita, ouça o que o fariseu cita.

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