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A vida humana é exercida em coletividade, ou seja, os acontecimentos ocorrem sempre com relacionamentos entre seres. Mesmo quando esse acontecimento não traz um contato físico, como no caso do pensamento, existe um relacionamento entre seres ocorrendo. Daí a necessidade do elemento ser encarnado estar previsto no livro da vida.
As pessoas com quem o espírito se relaciona ocupam dois grupos: aqueles cujos relacionamentos são profundos (em tempo e intensidade) e aqueles que são passageiros ou superficiais. Os membros da família são relacionamentos profundos, mas pessoas com quem cruzamos na rua são elementos passageiros. Um amigo de infância é profundo, mas o colega do trabalho de pouco tempo é passageiro.
Todos os dois são instrumentos do carma (acontecimentos) previstos no livro da vida, mas apenas aqueles que se relacionam profundamente com o ser são previstos anteriormente. As pessoas que passam na vida do ser humano foram agentes temporários, ou seja, executaram a sua função e quando não mais o relacionamento foi útil, foram afastadas.
As pessoas que se relacionam temporariamente não vieram predestinadas no livro da vida, mas momentaneamente possuíam carmas aos quais era necessário o ser expor-se. Já aquelas que vivenciam um relacionamento profundo foram pré-escolhidas antes da encarnação. Essa é a única diferença entre as pessoas que vivenciam os dois tipos de relacionamento, porque a essência do relacionamento é sempre a mesma: fazer o ser vivenciar os seus carmas.
Assim como os objetos, as pessoas também possuem função na vida encarnada do ser material. O ser humano, por estar subordinado à lei do carma, possui um padrão para ação. Assim, uma pessoa que sempre escolhe sentimentos de nervosismo para reagir às situações, terá seus atos comandados por Deus com essa essência.
Esse é o carma daquela pessoa, ou a reação a uma ação sentimental (escolha de um sentimento). No entanto, se ela pudesse agir independente do faça-se de Deus, poderia provocar desequilíbrio no universo e injustiças. Ela, pelo seu carma, poderia gritar, ofender ou agir negativamente contra quem não merecesse essa situação.
A Causa Primária que Deus exerce é nesse sentido: dar a cada um de acordo com as suas obras. Ele direciona a pessoa que possua um carma de nervosismo para agir frente à pessoa que mereça, também pela lei do carma, receber tais atitudes. Dessa forma, o equilíbrio universal e a justiça permanecem inalteráveis sempre.
É esta verdade absoluta que rege os relacionamentos entre os seres humanos, sejam eles temporários ou permanentes: quem age merece ser o agente, quem recebe, merece ser o recebedor da atitude. É com essa motivação que o ser escolhe os elementos seres que participarão da sua existência.
Enganam-se aqueles que acreditam em falsos sentimentalismos, em individualismos que são chamados de amor. Quando um ser vai escolher, por exemplo, quem será seus pais na próxima encarnação em momento algum se deixa levar pelo que quer, pelo sentimento individual que nutre a outro ser, mas busca sempre elementos que possuam carmas que ele precisa vivenciar.
Ninguém escolhe para pai ou para mãe um ser que idolatre ou ame individualmente, mas sim aquele que poderá realmente auxiliá-lo a vencer a vida. O objetivo da encarnação não é poético, sentimental nem muito menos para gozar o prazer da convivência, mas para trabalhar no sentido da evolução.
É por isso que normalmente aqueles que se unem em relacionamentos permanentes são opostos. A mulher organizada casa com um homem bagunceiro ou vice-versa, amigos possuem uma forma de vivenciar os acontecimentos diferentes um do outro. Isso foi escolhido antes da existência carnal.
Quando o ser encontra no companheiro (a) um oposto, está exercitando aquilo que veio colocar em prova. Se a mulher organizada casa-se com um homem bagunceiro, diversos fatores estão em jogo, mas um deles certamente é a paciência. Será preciso ao espírito encarnado desenvolver essa qualidade espiritual para poder manter o relacionamento.
Não adianta a mulher querer mudar o outro, pois jamais conseguirá. Ele possui o carma de agir dessa forma e está ao seu lado a pedido (livre arbítrio) para que ela possa desenvolver aquilo que veio fazer nesse planeta. Deus jamais poderia mudá-lo apenas para satisfazer a vontade da mulher, pois dessa forma ela estaria deixando de conquistar a evolução espiritual.
Da mesma forma, a esposa jamais deixará de querer organizar a casa. Não importa o quanto o marido a critique por essa forma de agir, ela permanecerá querendo tudo arrumado, pois isso é o carma dele.
Na verdade, nem um dos dois precisa se mudar, mas desenvolver o amor ao próximo como a si mesmo. Para que esse amor exista, como já falamos, é necessário que cada dê ao outro a liberdade de ser diferente. O que os dois precisam desenvolver essa forma de agir. A mulher não precisa se transformar em bagunceira, mas deve dar o ao homem o direito de ser; o homem não precisa se tornar em um esmero de organização, mas deve não reclamar dos excessos da mulher.
Esse é o ponto de equilíbrio, o caminho do meio, a neutralidade com as coisas da vida que estamos falando, a harmonia que nasce da perfeita integração ao universo (momento presente). O homem faz sua bagunça e não critica a mulher quando ela arruma e ela não deseja mais modificá-lo. Os dois convivem pacífica e harmoniosamente um com a forma de agir do outro.
É com essa motivação que cada ser escreve o seu livro da vida. Ele determina a essência das provas que vai fazer (que sentimentos desenvolver) e depois busca no universo como parceiros permanentes aqueles que possuam o carma de agir dentro de suas necessidades. Não há influências sentimentais, mas práticas; não há prazeres envolvidos, mas busca da elevação espiritual.
O romantismo humano é fútil. Nenhum espírito desperdiçaria a chance da evolução espiritual em troca de alguns meros anos ao lado de quem gosta apenas para sentir esse prazer. Quando fora da carne, consciente do ser que é, ele busca a evolução espiritual e é nesse sentido que monta o livro da vida que vai vivenciar durante a encarnação.
Define o papel que cada elemento da sua existência precisará executar e busca, no universo, aqueles que possam desempenhar essas funções. Além disso, ao escrever os caminhos alternativos, pede elementos (relacionamentos temporários) que possuam determinados carmas que o leve a vivenciar a busca da evolução espiritual.

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