Participante: mas, como posso ser feliz sentindo raiva?
Realmente para o ser humanizado fazer isso é algo utópico, pois se identifica tanto com as consciências criadas pela mente que não consegue imaginar vivendo outra coisa senão aquilo que a personalidade humana cria.
Estes são aqueles que não são emocionalmente inteligentes. Se entregam sem luta a tudo o que a mente cria. Já os que buscam a reforma íntima tornam-se emocionalmente inteligentes e por conta dela sabem que a emoção que imaginam estar sentindo é só uma razão criada através de um pensamento e que por isso é algo da mente e não o que ele está sentindo.
Por conta da sua inteligência emocional sabem que toda dor e sofrimento que vivem é apenas uma criação mental gerada por um pensamento e não o que estão verdadeiramente sentindo. A partir dessa consciência encontram, então, o verdadeiro caminho para a reforma íntima: mudar o seu relacionamento com o pensamento.
A reforma íntima que leva o ser a aproveitar sua encarnação como instrumento da elevação não se consiste em mudar o conteúdo do pensamento. Até porque, comumente os pensamentos que se tornam conscientes são na maioria das vezes dado por seres que não estão encarnados. São ideias que surgem na mente aparentemente do nada.
Por conta do apego que o ser encarnado tem a mente não consegue distinguir o que é ideia dele e o que lhe é sugerido como provação. Dessa forma muitas vezes a simples troca de um conteúdo de um pensamento pode ser realizada pelos seres extracorpóreos e aquele que está encarnado pode pensar que realizou alguma coisa.
Reformar-se é mudar a forma de relacionar-se com os pensamentos que são dados. É deixar de acreditar que é você quem está pensando. É deixar de crer que é você quem está vivendo aquela situação, que é você que gosta ou desgosta de tal coisa.
Sendo assim, posso afirmar que ser feliz não é deixar de ter o pensamento que diz que está sentindo determinada emoção, mas manter-se neutro seja ao júbilo ou ao sofrimento que está embutido nele. A felicidade que Deus tem prometido é, dentro da percepção humana, a vivência das emoções que a mente cria sem deixar-se levar por elas. É o estado de neutralidade que alcança quando a mente diz para sentir-se jubiloso ou pesaroso.