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Assim também nós, antes de ficarmos adultos espiritualmente, fomos escravos dos poderes espirituais que dominam o mundo. Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio filho. Ele veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da Lei dos judeus para libertar os que estavam debaixo da Lei, a fim de podermos nos tornar filhos de Deus.
E, para mostrar que somos seus filhos, Deus mandou o Espírito do seu filho aos nossos corações, o Espírito que exclama: “Pai, meu Pai”. Assim vocês já não são escravos, mas filhos. E já que são filhos, Deus lhes dará tudo o que ele tem para os seus filhos.
Esta questão de que Jesus Cristo é filho único de Deus e que, portanto, nós não somos filhos do Pai, é uma questão semântica. Todo espírito, todo ser universal, é filho de Deus: ponto final. Agora entre ser e se reconhecer como tal, há uma distância muito grande.
Então, na realidade todo espírito é filho de Deus, mas a maioria não se reconhece como, não tem esta consciência e, portanto, não é considerado como tal por ele mesmo. Por isto, imagina-se um ser desvinculado de Deus, que está no mesmo patamar do Pai e, por isto, tem o direito de opinar e agir dentro da casa Dele.
É isto que Paulo está nos alertando. Cristo é filho de Deus, mas cada um, na hora que se liberta do “certo” e “errado” que surge da submissão à lei e que leva à acusação dos outros, ou seja, quando alcança a consciência amorosa da ação, começa a se entender como filho de Deus.
Aí este ser deixa de ser “homem”, ser humano, e começa a se ver como filho de Deus, um “deusinho”. É isto que Paulo está nos ensinando.
Portanto, Cristo não é o filho único de Deus, pois todo espírito do mesmo Pai, mas merece este título porque nem todo espírito se reconhece como tal, como ele se reconhecia.