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Participante: então todos têm a mesma moral?
Sim, todos têm a mesma moral. Podem não se guiar por ela, mas todos têm a mesma moral.
Foi o que já estudamos: todo espírito é puro, perfeito. Ele pode estar sujo, mas já tem dentro dele tudo o que pode ter. Sendo assim, ele tem a moral, pode não a usar, mas tem. Por isso eu coloquei na linha horizontal e não numa linha vertical.
Participante: o senhor pode repetir este ensinamento que diz que todos são iguais?
Sim. Eu disse que o espírito é luz e para compreender bem este ensinamento, o comparamos com uma lâmpada.
Ou seja, afirmei que todo espírito é uma lâmpada e que todas as lâmpadas ou espíritos do Universo têm a mesma voltagem e, por isso, o mesmo poder de brilhar. Só que algumas lâmpadas estão recobertas por uma camada opaca. Sendo assim, todas as lâmpadas brilham de forma idêntica, mas algumas não conseguem se irradiar tanto porque esta camada não permite que seu fulgor alcance o exterior.
Essa é a diferença entre os espíritos: todos são iguais, mas não conseguem vivenciar a igualdade porque estão sujos, estão presos ao individualismo, ao ego, as verdades individuais.
Participante: ou não recebem a mesma energia, assim brilham menos que as outras.
Impossível não receberem de forma igual. Se isso acontecesse, Deus não seria Deus. Não seria Justo e Amoroso, pois estaria dando diferente a cada um.
Saiba de uma coisa: o problema nunca está fora de nós; sempre é dentro. Deus dá a mesma energia ou o mesmo amor a todos os filhos. Agora, se você pega o amor de Deus e altera a polaridade desta energia, ou seja, se vira para o individualismo, usa o amor de Deus para amar a si acima de todas as coisas e acima do próximo.
Mas, esta alteração de polaridade não é Deus quem cria, mas você, espírito, que, usando o seu livre arbítrio, escolhe fazer.
Participante: mas, segundo o mesmo Livro dos Espíritos, Deus dá a cada um por suas obras. Aliás, quem falou isso foi Jesus.
Cada um recebe de Deus de acordo com as suas obras: perfeito. Isso é o carma, é a lei do carma, mas não o amor.
Os acontecimentos da vida são recebidos de Deus segundo as obras, segundo a capacidade de amar, mas o amor não. O Amor de Deus é infinito. Ele dá Amor para todos. Se não fosse assim, Deus poderia dizer assim: ‘Eu não gosto muito de você, não fui com a sua cara porque você está fazendo o que Eu não gosto. Por isso não vou lhe Amar’. Se fizesse isso, não seria mais Deus, pois teria perdido as características que já estudamos.
Este Deus que você quer acreditar que existe é um julgador enquanto que o Pai é a Fonte Luminosa do Amor. Por isso afirmo: Ele ama a todos igualmente. Aliás, isso Cristo também disse.