Enviar texto por Whastapp
Enviar texto por Telegram

Salve! Que a paz do Deus esteja com vocês.

Mais uma vez nós estamos aqui para falar sobre determinado aspecto da vida espiritual, da espiritualização da vida humana. Já é a vigésima semana que estamos conversando sobre algum determinado ponto de vista. Vou fazer um pequeno resumo, já que falamos de muita coisa até agora.

Toda esta conversa começou ainda no ano que passou quando enviamos uma mensagem. Nela falávamos que não existe ser humano, eu sou o espírito, e que não existe uma vida humana, mas uma encarnação. Falamos, ainda, que em toda encarnação o que existe não são fatos, mas provas para os espíritos.

A partir dela explicamos que tudo que acontece na vida humana, as provas, é uma oportunidade que o espírito tem de suplantar o seu egoísmo e amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Amar a tudo e a todos.

Ao falar sobre isso conversamos sobre essa doença que está matando muita gente, matando entre aspas, no mundo humano: a COVID-19. Ao falar dessa doença, comentamos sobre aqueles que não têm a menor compaixão com relação as mortes, ao sofrimento que estavam passando muitos espíritos encarnados.

Mostramos que essa doença é uma oportunidade de amar, amar a Deus e a todos. Que por causa dessa oportunidade a forma de lidar com ela deveria ser muito mais voltada à compaixão do que à crítica, seja a quem for.

Durante essa conversa descobrimos uma coisa interessante: é quase impossível vocês viverem amando a tudo e a todos. Por quê? Porque não sabem amar.

Lembro que em uma das conversas disse: amar é respeitar o direito do outro ser, estar e fazer o que quiser. Lembro que disse ainda: vocês entenderem o que falei, até querem fazer, mas ao darem ao outro o direito de ser e estar e fazer o que quiser, continuam achando que eles estão errados. Isso não é amor. Quando chama de errado o que o outro faz ou pensa, ainda existe uma crítica, um ataque. Não existe amor, não existe respeito pelo outro.

Dessa conversa tiramos uma máxima importante para nosso estudo: é preciso dar ao outro o direito de ser, estar e fazer o que quiser considerando certo o que ele faz, pouco importando o que acha do assunto. Porque o que ele faz é certo? Porque se ele faz é porque acha que é certo. Como tem o direito de achar que é certo o que quiser, está sempre certo.

Lembro que foi por esse caminho que começamos. A partir dessa conversa estivemos juntos trocando ideias sobre elementos para atingir a consciência de que o outro tem o direito de ser, de estar e de fazer o que ele quiser e estar certo no que faz, independente do que eu acho que está fazendo, independente do jeito que enxergo o que está fazendo.

Foram dezoito semanas até que chegamos em um ponto que considero crucial na vida. Por quê? Porque ao longo das conversas descobrimos que existem dois mundos, duas vidas diferentes. A primeira vida, o primeiro mundo, é aquele que é criado pela razão, pela mente humana. O segundo é aquele onde você se relaciona com a sua razão.

Por isso, ao longo de todas as conversas deixamos muito claro: é preciso não viver o que a razão cria. Não se subordinar ao que a razão cria, não acreditar, não achar que é verdade, que é real o que a razão cria. Aí surgiu o famoso ‘não sei’ que usamos como forma de relacionamento com a mente durante as últimas dezoito conversas.

Fomos conversando até que descobrimos que existem os ismos do ego. O que são os ismos que a razão possui? Conjuntos de verdades e realidades que geram obrigações e necessidades, certos e errados, bonitos e feios. Falamos ainda que a razão usa esses ismos para instigar o espírito a usar do seu egoísmo.

Ora, se entendermos isso, precisamos entender uma coisa fundamental: o segredo da vida, da paz, da harmonia, da felicidade, e tudo que pode ser considerado como sinônimo de elevação espiritual, é o resultado da sua vivência, da convivência com os ismos razão. Tudo depende da forma como você convive com os ismos, ou seja, da forma como convive com as questões mentais, com as normas, verdades, obrigações, com tudo que a razão cria.

Parece que estou chovendo no molhado, ou seja, falando sobre tudo que já foi dito, mas não. É preciso fazer essa recapitulação porque a busca do Aprender a Amar, o estudo que estava sendo feito, acabou!

Quando se chega à conclusão que é preciso aprender a conviver com a razão, se vê claramente que amar é viver sem acreditar no errado que a mente diz que os outros são ou estão. Na hora que se liberta da classificação de errado que dá ao próximo, você está amando.

Um detalhe: não é porque se libertou do errado que está amando. O amor nunca é o resultado de uma atividade mental. Se os ismos existem para atiçar o egoísmo e se você não aceita mais o ismo, o egoísmo não é atiçado. Quando o egoísmo isso acontece, o amor está presente. Isso acontece assim porque o egoísmo é quem cobre o amor, o que impede o amar.

Portanto é um processo natural: não é por causa disso que acontece aquilo, mas por não aceitar aquilo e assim não usar o egoísmo que o amor surge. O amor está dentro de você, jamais sai de dentro.

O amor não pode deixar de existir, porque é como o ar para o espírito. Assim como vocês acham que precisam respirar, o espírito precisa do amor universal para viver.

Por tudo isso digo: já aprendemos a amar. Com isso, encerramos aquele estudo.

Só que tem um detalhe. Esses ismos, pela força de maya, possuem um poder de ação sobre você: o poder de criar a ideia de que as coisas são reais, verdades. Por isso a luta contra os ismos é difícil, é muito difícil suplantá-los.

Diz para uma mãe que ela não pode ter domínio, apego, sobre o filho. Diz que não pode mandar no filho. Diz isso para uma mãe. Ela aceitaria fácil? Acho que é quase impossível aceitar, mesmo que seja espiritualista, porque apesar da maternidade nada mais ser do que um ismo, do que um conjunto de leis e obrigações criadas pela razão, a força de maya impele fortemente a esse espírito encarnado viver a maternidade.

Precisamos descobrir, então, que existem coisas que são muito difíceis de ser libertadas, desapegadas. Por esse motivo vou propor a vocês que a partir de hoje comecemos uma nova série de conversas.

Isso, vamos continuar conversando. Agora, em vez de Aprender a Amar, vamos Aprender a Viver. Viver dentro do sentido de ter uma existência em paz, harmonia e felicidade. Ou seja, ter uma vida boa, uma vida com qualidade. Uma vida onde você consiga passar por ela sem ter desavenças, sem falta de paz. Não é interessante?

É isso que vamos começar a fazer a partir de agora. Iremos começar a conversar sobre a vida humana aprendendo a viver. Quando estivermos conversando sobre esse tema estaremos terminando uma coisa que fizemos: durante os últimos vinte anos: conversando sobre uma coisa chamada Faculdade Espiritualista de Vida.

O estudo dessa faculdade sempre foi: aprender a viver a vida de tal forma que você consiga silenciar o seu egoísmo para que o amor que existe no seu íntimo venha para fora.

Compartilhar