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Esta é a soma total do Vedanta “Eu sou Atma, o eu sem forma, presente a tudo por sua Natureza”.
Repare que a palavra natureza está com o “n” maiúsculo. Isso quer dizer que representa a Natureza de Deus.
Eu sou tudo, eu estou presente em tudo pela minha natureza divina, pela minha presença, potência e ciência divina. Aí está o resumo de todos os ensinamentos, não só hindus, mas de todos os mestres. Eu sou tudo e nada mais existe.
Apesar disso, como já falamos, não se pode idolatrar esse eu que já sou tudo se enchendo de soberba e acreditando ser tudo. Dattatreya fala da ciência, da consciência de que sou tudo e que nada preciso a mais do eu mesmo e não da ação soberba de se sentir superior por causa disto.
Essa consciência leva a viver a vida dentro dos ensinamentos dos mestres, pois se não precisa de nada, para que discutir com os outros para provar que está certo? Você me responderia: para ter razão. Mas, você não precisa da razão, já a tem, pois já possui tudo o que pode possuir.
Se já é tudo e possui tudo, porque vai querer criticar o próximo e mudá-lo? Ele também é tudo e possui tudo.
Na hora que compreender que já é tudo e o próximo também, não precisa mudar ninguém para ser feliz: aprenderá a vivenciar o tudo que é dando ao outro o direito de vivenciar o dele.
Só com essa consciência, sem idolatria a si mesmo, você poderá transitar pelo mundo sem os apegos, como ensinam os mestres. O apego é uma necessidade que o espírito tem criado pela ilusão de precisar. É um maya.
Quantas coisas da sua vida já disse que eram indispensáveis e quando as perdeu não morreu? Não coloque nada como indispensável na sua vida, pois tudo está em você e lá estará eternamente.
Tudo está em si e jamais se separará de você, mesmo que na ilusão da vida humana não esteja mais em contato através das percepções, ou seja, mesmo que não veja, não pegue, não prove o sabor, não escute ou não cheire.
É isso que o mestre Dattatreya nos ensina e esse é o resumo dos ensinamentos de todos os mestres.