Conta-se que Cristo foi visitar um homem que vivia numa fazenda retirada de qualquer comunicação com o mundo exterior. Ao ir embora orientou àquele que homem que todo dia ele empurrasse uma grande pedra que estava fincada ao solo na frente de sua casa.
Depois de mais de vinte anos onde o homem diariamente fazia esse exercício, o diabo foi visitá-lo. Ao ver a sua atividade perguntou: porque empurra esta pedra?
O homem então contou da visita de Cristo e da orientação que o mestre lhe deu e falou com orgulho da quantidade de tempo em que vinha empurrando a pedra.
O diabo então lhe perguntou: E daí? Quanto ela andou nesse tempo? Nada. Todo seu esforço foi em vão. Não está vendo que você foi enganado. Esta pedra não se locomoverá nunca…
O homem então reparou que todo seu esforço tinha sido inútil. Vinte anos empurrando a pedra e ela não se mexera um só milímetro. Ficou, então, com raiva de Cristo, por achar que ele tinha lhe feito realizar um esforço inútil, sem proveito.
Tão logo o diabo foi embora Cristo veio visitar o homem. Recebendo o seu visitante o homem descarregou toda a sua frustração. Xingou, reclamou e protestou contra o seu esforço em vão.
Foi neste momento que o mestre pediu que ele se olhasse no espelho. O homem, que quando da primeira visita de Cristo era franzino, raquítico, com o exercício tinha se transformado em uma pessoa musculosa. Por causa disso, mesmo sem se dar conta, hoje conseguia trabalhar a terra com maior proveito e, por isso, tinha colheitas melhores.
Como diz o amigo espiritual Joaquim que nos ministrou esta palestra, os seres humanos têm um ditado que diz que Deus escreve certo por linhas tortas, mas ele está errado. Na verdade, Deus escreve certo por linhas certas: nós é que lemos torto.

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