Participante: todo fanatismo é prejudicial. No oriente médio matam e se suicidam em nome de Deus.
E aqui também.
Quando você critica o governo porque não dá comida, está matando uma pessoa. Digo isso porque a crítica causa a morte, uma morte moral.
Não adianta justificarmos apontando o erro dos outros. Se aqui fosse um país onde só houvesse o amor universal, o ensinado por Cristo, aquele que é acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, que não aceita críticas a quem quer que seja, poderíamos até falar os outros. No entanto, a trave que existe no nosso olho, que é não ver a nossa ação, mas apenas o que o outro faz, é algo que o mestre não aconselhou quando ensinou: atire a primeira pedra aquele que não tem pecado.
Participante: falo de mortes concretas.
Morte é morte.
Conheço um ser que está aqui do outro lado, desencarnou, de desgosto. A mulher dele costumava repreendê-lo da seguinte forma: ‘cala boca eu tenho dinheiro e mando nessa casa’. Ele de tanta amargura acabou desencarnando.
Qual a diferença entre falar assim e dar um tiro? Nenhuma!
Além do mais, não sei porque você está tão preocupado com o matar em nome de Deus. Qual a importância da morte para o espiritualista? Para o humano é algo muito profundo, mas para o ser universal é libertação.
O espírito quando encarnado está doido pra se libertar da carne, seja de que modo for. Para ele o dia da morte é de glória: ‘me livrei dessa massa densa’.
O problema são os valores. Quando um ser acha a vida humana muito boa, se sente realizado por estar vivo, quer preserva-la. Por isso, frente à perspectiva da morte se borra de medo.
Porque desse medo? Como vimos no início desse comentário, a consciência do espírito está preocupada com o julgamento do final da sua etapa de provações.