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Participante: sinto uma vontade interior de colaborar como médium na medida que essa ação de ajuda aos humanos desesperados durante sua vida seja possível, mas também não enxergo a ter uma visão geral se a forma de colaborar e domar minhas energias é a mais eficiente. Será que intentar passar os ensinamentos do EEU seria mais efetivo para a ajuda dos irmãos? Também porque o dirigente espiritual do centro aqui não tem a mesma visão que o EEU dos ensinamentos dos mestres não posso fazer, talvez o tempo consertará as duas coisas? Como veem isso os irmãos espirituais que trabalham na linha de oriente da Umbanda?

Deixe falar uma coisa para você. Uma vez estávamos falando sobre gira de Umbanda, pois havia muita discussão sobre isso. Acho que ainda existe até hoje essa discussão. Havia muita discussão se determinados médiuns estavam recebendo espíritos ou não. Será que o que está falando é da própria cabeça? Será que não é?

Conversando sobre isso disse o seguinte: todo o trabalho espiritual – e quando coloco trabalho espiritual não falo só em mediunidade, mas toda a ajuda que é programada para ser feita para os outros – é realizada, inclusive com as palavras que saem, de acordo com quem vai receber. Na verdade, a gira de Umbanda é uma dramatização que acontece de acordo com quem está na pateia.

Não existe um certo, não existe é exatamente isso, não existe o caminho tem que ser esse. Tudo dentro da gira de Umbanda é adaptado de acordo com a necessidade de quem está lá para receber.

Isso é importante para o que me pergunta: como ajudar o outro. Como ajudar o outro? Como ajudar. O que vai fazer como ajuda ao outro? Na verdade, não deve se preocupar com isso, pois a sua ação será programada de acordo com a ajuda que o outro precisa receber.

Não existe um certo, não existe o melhor, não existe o caminho perfeito. Há cada um segundo as suas obras, por isso cada um só pode ser atendido dentro daquilo que precisa. Por isso digo que não sei se o melhor caminho é através dos ensinamentos do EEU, se é através da visão dos líderes da sua casa espírita, se através da conversa com o pastor, com o padre, com o budista, etc.

Não sei, só sei que a cada um sempre vai ser dado conforme o merecido. Por isso cada um vai receber aquilo que precisa receber. Ponto final.

Então, não se preocupe com o externo. Não se preocupe com o que vai falar, como vai se portar, qual vai ser o tema da conversa, pois tudo isso está programado de acordo com o merecimento de quem vai receber. Não há injustiça, falamos disso hoje. Por isso, o que precisa se ocupar é com seu mundo interno.

Precisa se ocupar se a sua razão está trabalhando em cima do ato da ajuda criando algumas ideias para ativar o seu egoísmo. Se está criando pensamentos querendo ganhar, tendo medo de perder, querendo o prazer, tendo medo do desprazer, buscando a fama ou tendo medo da infâmia, querendo elogio ou receando a crítica. O que precisa se ocupar é com sua razão, observando se ela está criando alguma intencionalidade para aquele momento. Observando que sim, precisa se libertar dessa intencionalidade.

O que ocorre externamente acontece, o que ocorre internamente é sua responsabilidade. Então, não se preocupe com o externo.

Um último detalhe: em Roma porte-se como os romanos. Se está num centro espírita que tem uma diretriz, lá dentro siga essa diretriz. Na hora que sair, a vida é sua. Nesse momento você estabelece a sua diretriz de vida., mas lá dentro, siga as recomendações da casa. Esse é um detalhe importante, pois muitos acham que porque ouviram qualquer coisa – e não estou falando só ensinamentos de Joaquim, mas qualquer um – acham que tem que chegar dentro do seu local religioso e ensinar os outros. Não faça isso. Se está lá, viva como a casa pede para viver.

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