Participante: todo fanatismo é prejudicial. No oriente médio matam e se suicidam em nome de Deus. E aqui também. Quando você critica o governo porque não dá comida, está matando uma pessoa. Digo isso porque a crítica causa a morte, uma morte moral. Não adianta justificarmos apontando o erro dos outros. Se aqui fosse um país onde só houvesse o amor universal, o ensinado por Cristo, aquele que é acima de todas as coisas e ao próximo como a si…
Participante: se um espírito recebe a missão de matar, como pode segundo a literatura, ir para o umbral? A resposta é longa, mas vamos lá. Primeiro: onde é o umbral? No Universo? Só que em O Livro dos Espíritos é dito que o universo não se subdivide em partes circunspectas. Como pode num lugar sem divisões haver um umbral e uma cidade espiritual separados? Não existem nem o umbral nem as cidades espirituais. Não há espaços no universo: não há…
Participante: sobre o assalto, tenho o direito de ter a legítima defesa em um assalto ou numa agressão? Caso acabe matando o assaltante no momento de legítima defesa, estarei errado?
Irmãos, vou usar um exemplo da vida diária: quando duas pessoas combinam e assinam um contrato, ninguém pode quebrá-lo ou acrescentar qualquer coisa a ele. Pois Deus fez as suas promessas a Abraão e ao seu descendente. As Escrituras não dizem: “e aos seus descendentes”, como se fossem muitas pessoas. Mas dizem assim: “e ao seu descendente”, isto é, a uma só pessoa, que é Cristo. O que eu quero dizer com isto: Deus dez um acordo e prometeu cumpri-lo. A Lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não pode quebrar aquele acordo nem anular a promessa de Deus. Porque, se aquilo que Deus dá depende da Lei, então o que ele dá já não depende da sua promessa. Mas o que Deus deu a Abraão, ele deu porque havia prometido.
O que eu vou falar agora é conhecido de vocês porque é “coisa da Terra”: quando se firma um acordo ele não pode ser destratado a não ser que aja comunhão entre as partes.
Deus fez um acordo com Abraão (receberei todo aquele que tiver fé) e este não poderia ser quebrado de modo algum, a não ser por aceitação de Deus e Abraão. Para compreendermos melhor o que Paulo ensina e o que estou querendo dizer, vamos precisar nos lembrar da história de Abraão.
A todos os homens facultou Deus os meios de conhecerem a sua lei? Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem investiga-la são os que melhor a compreendem. Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue. É o que estamos fazendo: investigando a lei de Deus. Tudo que disse até aqui está baseado numa mesma verdade, numa mesma realidade. Jamais alterei o sentido daquilo…
“Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.” (Mt., 5,17 a 20)
Primeiro detalhe desse texto: ‘eu não vim para quebrar a lei.’ Que quer dizer isso? Que a lei de Moisés continua em vigor.
As leis do mundo dizem sempre: ‘essa lei altera os dispositivos em contrário’. A lei de Cristo não faz isso. Não altera nada do que está no Velho Testamento. Tudo continua valendo.
Só que o mestre afirma que vai dar um novo sentido ao que já existia. Qual é o sentido da lei que o Cristo trouxe? O amor.