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O Espiritualismo Ecumênico Universal tem um único objetivo básico: estudar a vida material, repassando os ensinamentos necessários para que o ser universal (espírito) encarnado possa promover a reforma íntima, transformando a vida material de uma existência isolada para uma etapa da vida espiritual. Essa postura leva à destruição dos valores materiais que prendem o espírito a esse mundo, fazendo com isso que ele aproveite na plenitude a vida carnal como caminho para a evolução espiritual.
Hoje o ser universal vive a vida material como se fosse a sua existência completa. Todos os objetivos do espírito encarnado estão voltados para o sucesso material, com a intenção de gozar o prazer da satisfação e fugir da insatisfação. A vida carnal não é para isso.
Como ensinado pelos mestres universais, a vida humana foi criada para que o ser humano reconhecesse a si mesmo (identidade espiritual), Deus e o Universo em que vive. No entanto, o ser encarnado dá pouco valor a esse aprendizado e busca sempre compreender as coisas (objetos, pessoas e acontecimentos) materialmente, ou seja, a partir de verdades individualistas. Além disso, as vivencia como se fossem eternas.
Exemplifiquemos: para que um espírito precisa aprender a dirigir automóveis, se quando sai da carne, na vida espiritual, não existe carro a ser guiado? Por que a fixação, obsessão, em aprender a dirigir um carro se na existência eterna (espiritual) não existe carro? Esse conhecimento, portanto, para a real existência espiritual é inócuo.
Mesmo conhecendo essa verdade o espírito na carne possui a obsessão em adquirir esse e outros tipos de conhecimentos que de nada servirão para a sua existência eterna. Para que tamanho empenho em aprender coisas que servirão apenas para poucos anos?
Antes de continuarmos precisamos deixar bem clara essa abordagem. Não estamos apregoando que o espírito encarnado não possa adquirir conhecimentos das coisas materiais, mas que essa busca não deve se tornar uma obsessão, um objetivo de vida.
Para muitos seres humanos aprender a dirigir, que é apenas um exemplo dentre tantos, transforma-se em um objetivo de vida. Para outros, aprender matemática, ciência ou medicina é o objetivo de vida. Para que? Para usar quarenta, cinquenta anos e depois ter que abandonar?
Volto a insistir: não é não obter conhecimentos materiais, mas não transformar essa busca em objetivo de vida. Não deve haver obsessão em querer as coisas materiais, em transformá-las em base para a existência. As coisas materiais devem ser apêndices da vida e não prioridades.
As coisas da vida material devem ser encaradas como complemento e não como prioridades. Conseguindo estudar e tirar a habilitação que ótimo, mas se não conseguir, isso não deve afetar sentimentalmente (provocar sofrimentos) a existência do espírito carnal. Conseguindo formar-se em um curso superior ou vivendo do trabalho humilde, o espírito deve sempre utilizar o período em que está encarnado para alcançar a sua evolução espiritual.
O ser não deve guiar a sua existência no sentido de tornar-se algo que possa ser gozado materialmente. A vida carnal é uma oportunidade de aprendizado espiritual: alcançar esta consciência deve ser a razão de estar na carne para o espírito.
O objetivo principal da existência carnal para o ser universal é elevar-se através da sua reforma íntima: todo o resto que acontecer em uma existência carnal é apenas complemento disto.
O clímax espiritual em uma existência carnal é o ser universal se auto reconhecer como espírito e saber viver espiritualmente, apesar da não lembrança da realidade universal. O objetivo profundo dessa vida é compreender o Universo e integrar-se a ele e não individualizar a existência criando um mundo à parte para viver.
A vida material não foi feita para que o ser universal crie o indivíduo: eu sou. O ser humano, o indivíduo formado pelos objetivos materiais de vida extingue-se, acaba com a morte. Aquele que vivencia a vida com a consciência de que é um ser humano (vive das coisas materiais) nesse momento sairá da carne, dessa densidade de matéria, sem se auto reconhecer, sem conhecer Deus e sem entender o Universo em que vive.
Estamos falando em mudar a vida sem mudar de vida: viver a vida material com objetivos espirituais. Esse é o objetivo desse estudo: compreender os apêndices da vida de tal forma que deixem de ser objetivos de vida.
É preciso mudar a forma de viver, pois mesmo sem intenção, o objetivo material da vida vai sendo passado de geração em geração, ensinado aos mais novos a também viver materialmente. Exemplifiquemos novamente: a brincadeira mais comum de uma criança do sexo feminino é a boneca. A mãe, o pai, a família e a sociedade estimulam à menina brincar com este brinquedo.
“Vamos fazer papinha para a boneca”, “põe a neném para dormir”, “dá mamadeira que ela está chorando”. Brincando, a criança está aprendendo a ser mãe, preparando-se para o futuro. A maternidade está se transformando em objetivo de vida.
Não é a criança espontaneamente que cria a brincadeira, mas o ser mais velho que acha que a vida deve possuir objetivos materiais, que está formando conceitos que servirão de base para os raciocínios futuros de aquele ser humano.
Todos brincam de médico, professor, mas ninguém é lixeiro, nem na brincadeira. É dessa forma que a criança (ser universal encarnado) aprende que deve viver para alcançar a fama e a ascensão profissional para ser feliz.
Todos os objetivos da vida são traçados na criança pelos pais, família e sociedade. Assim, quando cresce, com essa base formada, o ser humano pauta a sua vida por esses valores transmitidos durante a infância. A menina vive para ser mãe e se no futuro não conseguir a maternidade sofrerá com a frustração.
Mas, quem disse que todas as mulheres têm que ser mães? Quem determinou qualquer obrigatoriedade para que a vida valha pena? Ser mãe é um apêndice da vida e não regra ou objetivo básico de uma existência.
A vida carnal tem um objetivo que é único para todos os encarnados: todos os espíritos vêm à carne para provar a Deus que são capazes de abandonar o individualismo, integrando-se perfeitamente ao Universo.
O objetivo desse trabalho é justamente analisar os acontecimentos da vida carnal com o sentido de eliminar a visão individual deles.
Para isso é preciso mudar as prioridades da vida. Hoje a prioridade é a realização material: a mulher tem que ser mãe, o homem tem que ser marido, os dois tem que ter filho e criá-lo, dando instrução necessária para que consiga o sucesso material.
Essa é uma prioridade coletiva: não importa o país, continente ou raça. No entanto, quem disse que todos devem obrigatoriamente seguir esta evolução?
Este é o trabalho que o ESPIRITUALISMO ECUMÊNICO UNIVERSAL tem como missão transmitir aos seres encarnados, auxiliando-os, portanto, a alcançar o bem celeste através da reforma íntima.